O jornalista e escritor Rodrigo Viana, autor da biografia El Gringo — O vilão elegante (Editora A Bola e o Verbo), que conta a história de Sérgio Clérice, o jogador brasileiro com mais gols na história do futebol italiano, foi recebido pelo presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol), Reinaldo Carneiro Bastos e pelo diretor regional da entidade, Carlos Alberto Salmazo, na sede da Federação, nesta sexta-feira, 19.

A entidade reconheceu o trabalho de pesquisa realizada pelo autor da obra, validando o feito histórico de Clérice na Velha Bota nas décadas de 1960 e 1970. Foram 187 gols em 18 anos, atuando por sete equipes diferentes: Lecco, Bologna, em duas passagens, Atalanta, Hellas Verona, Fiorentina, Napoli e Lazio.

“É fundamental o reconhecimento da entidade máxima do futebol paulista. É uma acão que legitima ainda mais os números de Clérice e o livro, como um todo”, disse o jornalista, que presenteou toda diretoria com exemplares do livro e recebeu os parabéns do Presidente Reinaldo.

Reverenciado por Diego Armando Maradona por conta da passagem histórica pelo Napoli, Clérice ainda foi responsável por lançar na Ferroviária o jovem Júnior, hoje Dorival Júnior, técnico do Corinthians, e trabalhar como agente de negociações importantes, como a dos atacantes Evair (do Guarani para a Atalanta), Sonny Anderson (do Guarani para o Servette) e Élber (do Londrina para o Milan).

Sérgio Clérice - Divulgação

Sérgio Clérice marcou incríveis 187 gols em 18 anos na Itália – Divulgação

O livro divide a trajetória do ex-atacante em três fases: como jogador, treinador e agente.

O atacante, de rosto largo e cabelo despenteado, era alguém típico do faroeste americano. Por isso, “El Gringo”, com um quê de Tex Willer dos campos. Filho de italianos, o ainda Serginho se destacou em uma partida da sua Portuguesa Santista contra o Santos.

Um empresário o descobriu e logo o levou para a Itália, em 1960, saindo só 17 temporadas depois, como o último estrangeiro a poder jogar no país como determinação da federação nacional na época.