Marco Verratti construiu uma bela trajetória em 11 anos de Paris Saint-Germain, mas, assim como Kylian Mbappé, Neymar e Lionel Messi, não conseguiu levar o time ao sonhado título da Champions League. Hoje desfrutando de um fim de carreira tranquilo, aos 32 anos, no Al-Duhail, do Catar, o meia italiano celebrou o fato de o PSG ter obtido sua primeira Liga dos Campeões neste ano.
Em entrevista ao diário Marca, Verratti defendeu o ex-colega Mbappé das piadas que o apontavam como o pé-frio do PSG, já que o inédito título europeu coincidiu com sua ida para o Real Madrid.
Verratti também explicou por que, mesmo tendo contratado tantas estrelas, incluindo um ataque com Messi, Mbappé e Neymar, o PSG bateu tantas vezes na trave.
” É isso que torna o futebol bonito. Não se trata apenas de comprar jogadores e vencer. Aquele time do PSG era um projeto sério, e eles ajudaram o clube a crescer. Individualmente, tínhamos muitos jogadores estrelas, mas faltava algo como equipe. E isso faz muita diferença no futebol de hoje. Em jogos importantes, jogadores estrelas podem fazer a diferença, mas geralmente não”, afirmou.
“É injusto ver as coisas dessa forma. Com o Kylian, chegamos às semifinais e à final, mas não ganhamos. Depois, há o Real Madrid, que, com jogadores fantásticos, ganhou muitas vezes. De qualquer forma, não acho que o PSG tenha ganhado porque o Kylian saiu. O Mbappé ajudou muito o clube a crescer. No ano em que saiu, marcou quase 50 gols, por exemplo.”
O meia italiano avaliou o atual PSG como “uma equipe incrível, em que todos atacam e defendem”, e deu os méritos ao técnico Luis Enrique. “Ele é um técnico de primeira linha. Dá para perceber isso desde o momento em que Dembélé sai e outro jogador entra, e se sai tão bem quanto, sem que o time sofra as consequências.”
Verrati, que venceu uma Série B italiana pelo Pescara antes de se transferir para o PSG, se disse satisfeito coma a nova vida no Oriente Médio. “Eu gosto muito. Não é como uma liga europeia, como na Espanha, França ou Itália, mas a qualidade de vida é boa e eu adoro poder ajudar os garotos locais a desenvolver a liga. Mas, honestamente, eu sou tão feliz com uma bola, mesmo na praia”, disse, em Doha.





