Diniz lamenta saída da seleção: ‘Com mais tempo, daria resultados’
Sem citar o nome de Ednaldo Rodrigues, técnico do Fluminense se disse honrado com a oportunidade e avaliou que Brasil está 'em boas mãos' com Dorival
O Fluminense atuou pela primeira vez na temporada com seu elenco principal completo na goleada por 4 a 1 sobre o Bangu, pelo Campeonato Carioca, na última quinta-feira, 2. Foi também o primeiro jogo dirigido por Fernando Diniz na temporada. Após a partida, o treinador falou sobre sua demissão da seleção brasileira e admitiu sua frustração.
“Queria que tivesse sido diferente, mas são águas passadas. Temos que tocar a vida em frente. Tenho muita clareza daquilo que fiz para a seleção brasileira e o meu contato com os jogadores. A seleção está em boas mãos agora. Eu tinha muita convicção de que aquilo, com mais tempo, iria dar resultados muito importantes. Tinha um feeling muito claro disso. Para quem estava internamente também tinha nitidez do que estava sendo feito”, disse.
Diniz, que conciliou o cargo com suas funções no Fluminense, não conseguiu aplicar sua metodologia na seleção em tão pouco tempo e colecionou péssimos resultados como interino. Em seis jogos, ele somou duas vitórias, um empate e três derrotas, a última delas diante da Argentina, no Maracanã, a primeira derrota em casa do Brasil na história das Eliminatórias.
“Seis jogos é uma amostragem extremamente pequena. Infelizmente falamos muito dos resultados de curto prazo e canso de falar que é um dos males do futebol brasileiro. O trabalho precisa de um pouco mais de tempo. O jogo com a Argentina, por exemplo, foi um jogo grande que o Brasil fez e que não teve resultado. Mas saio com um sentimento de ter feito o melhor, ter criado relações especiais com os jogadores e o estafe que estavam comigo”, afirmou.
O treinador de 49 anos foi demitido logo após o retorno do presidente Ednaldo Rodrigues ao cargo e à renovação de Carlo Ancelotti com o Real Madrid, e foi substituído por Dorival Júnior. Diniz, que ficou chateado com a forma como se deu seu desligamento, agradeceu a oportunidade, sem citar o nome de Ednaldo.
“Foi um enorme prazer ter tido essa oportunidade. Trabalhei com afinco total no tempo que estive lá. Foi um processo de transição difícil. O trabalho estava sendo muito bem feito e tinha muita confiança de que iria gerar frutos muito importantes para a Seleção. Agradeço a oportunidade que me foi dada e tenho plena convicção que o trabalho foi muito bem feito”, declarou.
“Às vezes, o resultado do campo não acompanha o trabalho de maneira imediata. Todavia, o presidente colocou no seu discurso em relação à minha saída sobre o compromisso que ele tinha com o Mário Bittencourt de não me tirar do Fluminense. Essa conversa realmente existiu quando estivemos na CBF”, finalizou.
Dentre outras marcas negativas, foi com Diniz que o Brasil perdeu seu primeiro jogo para a Colômbia em Eliminatórias e sofreu sua primeira derrota para o Uruguai em todas as competições desde 2001.
Os números da seleção brasileira de Diniz
6 jogos
2 vitórias
1 empate
3 derrotas
38,8% de aproveitamento
8 gols marcados
7 gols sofridos
O Fluminense volta a campo neste domingo, quando encara o Boavista, em Bacaxá, pelo Campeonato Carioca.
(com Gazeta Press)
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