Diretor de futebol rubro-negro está insatisfeito por intervenção da diretoria na contratação do atacante irlandês Mikey Johnston
O clima na Gávea não é dos melhores. Depois do veto da diretoria do Flamengo na manhã desta segunda-feira, 7, na contratação do atacante irlandês Mikey Johnston, o diretor de futebol do clube, José Boto, cogita pedir demissão do cargo. A informação é do jornal O Globo.
PLACAR agora está nas bancas e em todas as telas. Assine a revista digital
Segundo a publicação, o dirigente não gostou da intervenção da diretoria em mais uma negociação e questionou a própria autoridade no clube. O crescimento da crise no departamento de futebol rubro-negro vem desde a eliminação da equipe no Mundial de Clubes, com descontentamento dos jogadores com Boto e também com Filipe Luís.
Os dois lados aprovaram a chegada de Mikey, mas o presidente Luiz Eduardo Baptista não foi de acordo, após ser pressionado por aliados políticos do Flamengo. Com isso, a briga foi parar nas redes sociais com torcedores insatisfeitos com ações tomadas por ambas as partes.
O jornalista Venê Casagrande também noticiou sobre uma conversa entre Bap e Boto para alinhar o futuro do clube. Agora, o dirigente aguarda o respaldo do presidente sobre a continuidade do trabalho, após ter discurso de profissionalismo colocado em xeque.
Atualmente no Remo, o ex-vice-presidente de futebol do clube, Marcos Braz, alfinetou a crise flamenguista envolvendo José Boto com a publicação de uma imagem de um gelo e uma gota de sangue, uma alusão ao bordão “gelo no sangue” que utilizou durante a passagem pelo clube entre 2018 e 2024 e viralizou entre parte da torcida flamenguista.
Ver essa foto no Instagram
A expressão dita pelo dirigente foi registrada no início de 2019 e passou a ser utilizada a medida em que o clube começou a anunciar reforços de peso como os laterais Rafinha e Filipe Luís, o meia Gérson e o técnico Jorge Jesus. Ao ser questionado na ocasião sobre a demora para contratar jogadores naquele momento, respondeu: “calma, precisamos ter sangue no gelo”.
Braz foi anunciado como executivo de futebol do Remo em maio deste ano. Ele foi o nome forte do futebol rubro-negro por seis anos, durante a gestão do então presidente Rodolfo Landim, mas deixou o cargo após a vitória nas urnas de Luiz Eduardo Baptista, o Bap, candidato da oposição.
Em janeiro, o clube carioca anunciou José Boto para a função, com contrato até de o fim de 2026. O dirigente optou por não renovar com Gabigol e David Luiz, além de vender o zagueiro Fabrício Bruno para o Cruzeiro por 7 milhões de euros (R$ 44 milhões). Ele trouxe nomes como o zagueiro Danilo, o lateral-esquerdo Alex Sandro, o atacante Juninho e mais recentemente o volante Jorginho.