Erros custam caro e Palmeiras pode ter ‘pior’ ano de Abel
Derrota do Verdão para o Corinthians foi marcada por deslizes, que complicam ainda mais a busca pelo título do Campeonato Brasileiro
A derrota do Palmeiras para o Corinthians, na última segunda-feira, 4, na Neo Química Arena, pode ter complicado o sonho pelo terceiro título brasileiro seguido. Sem os três pontos, o Verdão perdeu a oportunidade de assumir – ainda que momentaneamente – a ponta da tabela, pressionando o Botafogo.
O revés, no entanto, passou por uma atuação pouco inspirada contra o rival. Desde o início de jogo, o time palestrino demonstrou pontaria desajustada, como em chegadas de Felipe Anderson e Raphael Veiga ainda nos 15 primeiros minutos.
Foi do mesmo modo que a inspiração passou para o sistema defensivo. No tempo inicial, o primeiro gol do Corinthians saiu de jogada iniciada por corte errado de Caio Paulista. Já na segunda etapa, o tento derradeiro da partida teve origem em falha na saída do goleiro Weverton.
As falhas se tornaram assunto após o Dérbi. Na zona mista, o arqueiro justificou apontando o gramado, que pela chuva e por uma característica mais própria, é mais rápido. Em coletiva de imprensa, porém, o treinador Abel Ferreira passou a responsabilidade para erros individuais.
“Claro que é duro, os jogadores não querem falhar, mas estes erros pagam caro. Ver como sofremos os últimos quatro gols e não traduzimos em gol, apesar de sermos um dos melhores ataques, devemos muitos gols. Poderíamos nos primeiros 30 minutos ter resolvido. Hoje pagamos pela falta de eficiência e por nossos próprios erros”, disse.
Pior ano de Abel no Palmeiras?
Abel Ferreira foi apresentado como treinador do Palmeiras no dia 4 de novembro de 2020. Há quase exatos quatro anos, o português deu início a uma jornada de muitas histórias.
Logo de cara, nos primeiros meses de trabalho, o técnico levantou a Copa Libertadores e a Copa do Brasil. E nos anos seguintes, a tendência de vencer se manteve.
Até então, já são três Campeonatos Paulistas (2022, 2023 e 2024), dois Campeonatos Brasileiros (2022 e 2023), duas Copas Libertadores (2020 e 2021), uma Copa do Brasil (2020), uma Recopa Sul-Americana (2022) e uma Supercopa do Brasil (2023).
Os feitos, inclusive, aparecem como uma das blindagens do português. “Temos de ganhar todos os jogos, todas as competições, mas nem o Ayrton Senna foi capaz de ganhar todos os anos”, argumentou o ex-jogador e assumido fã do automobilismo.
Por outro lado, é uma realidade para o Palmeiras que o 2024 possa ser o pior da “Era Abel”. Nesta temporada, com as eliminações na Libertadores e na Copa do Brasil, além do vice da Supeecopa do Brasil para o São Paulo, a expectativa por um novo troféu passa pelo Brasileiro – em caminho que parece complicado.
A agenda do Palmeiras até o fim
8/11 – Grêmio (casa)
20/11 – Bahia (fora)
24/11 – Atlético-GO (fora)
1/12 – Botafogo (casa)
4/12 – Cruzeiro (fora)
8/12 – Fluminense casa