O crescente endividamento e a dificuldade de se manter esportivamente competitivo já faz o Corinthians cogitar o que antes era tabu: a mudança do modelo associativo para uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
Na última segunda-feira, 8, o tema foi debatido por conselheiros, sócios e torcedores organizados e comuns em assembleia pública no teatro do Parque São Jorge, segundo informações do portal ge.
O debate sobre a transformação do clube associativo em uma empresa, como já ocorreu com grandes clubes do país como Botafogo, Vasco, Cruzeiro e Atlético-MG, vem ganhando corpo no Parque São Jorge. O modelo “SAFiel”, que prevê participação dos torcedores como acionistas (leia mais abaixo), é motivo de intensos debates.
Ainda de acordo com o ge, a assembleia abordou questões legais, tributárias e administrativas relativas ao modelo de clube-empresa. Até fevereiro do ano que vem, haverá uma série de reuniões sobre mudanças no estatuto do clube. A previsão é de que a reforma estatutária no Corinthians seja votada por conselheiros e sócios no primeiro semestre de 2026.
Como funciona o modelo ‘Safiel’
Um grupo de torcedores encabeça o projeto para ‘salvar o Corinthians das dívidas’, que atualmente giram em torno de 2,5 bilhões de reais.
A proposta é montar uma sociedade anônima para captar investimentos de empresários e torcedores comuns. Com esse dinheiro em mãos, a ideia é ter a própria torcida como sócia. O clube ainda teria a maior parte das ações, mas sem o controle da gestão por exemplo.
Carlos Teixeira é um dos responsáveis pela iniciativa que tem o nome provisório de Safiel. Corintiano de carteirinha, o empresário contou à PLACAR em junho que a ideia nasceu de um interesse comum de pessoas que querem ajudar o clube do coração.
“A questão prática é de ordem financeira. O Corinthians precisa de um aporte de capital de fora. As pessoas que se sentam ali na cadeira de presidente sabem que o clube está muito próximo de não conseguir operar. Outro ponto muito importante, é a governança. O futebol se modernizou muito e os clubes brasileiros que estão se profissionalizando estão se saindo muito melhor”, disse Teixeira.





