Paulo Roberto Bastos Pedro, integrante do Conselho de Orientação do clube, protocolou documento contra presidente com base em reprovação das contas de 2024
O presidente do Corinthians, Augusto Melo, virou alvo de um terceiro pedido de impeachment no clube. A nova ação para impedimento do cartola foi protocolada pelo conselheiro Paulo Roberto Bastos Pedro, integrante do Cori (Conselho de Orientação), com base na reprovação das demonstrações financeiras em 2024. A informação foi inicialmente divulgada pelo site Gazeta Esportiva.
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Segundo a reportagem, no relatório de 25 páginas, Bastos detalhou pelo menos 12 descumprimentos administrativos e infrações estatutárias. Entre eles, estão: ausências de informações e documentos que deveriam ser apresentados pela diretoria, ausência de balancetes mensais, ausência de envio prévio das demonstrações financeiras ao Cori, a contratação da empresa Workserv Segurança Privada LTDA sem cotação de orçamento, sem formalização de contrato e sem seguir recomendações do compliance, a contratação da empresa Kiara Segurança Privada LTDA para substituir a Workserv, também sem cotação de orçamento prévio, sem autorização da PF no ato da contratação, com funcionários sem registro legal.
Também são apontados o aumento substancial de 85% nos serviços contratados e nas despesas gerais e administrativas no departamento de futebol, a contratação de mais de 100 funcionários para o clube social, que representou um aumento de 23% da folha de pagamento, ausência de revisão orçamentária durante o ano de 2024, aumento das despesas financeiras em R$ 200 milhões, ausência do relatório de auditoria ou consultoria da Ernst & Young além de outros pontos.
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O pedido tem como sustentação o artigo 106 do estatuto do clube, letras “d” e “e”, que citam que são motivos para destituição de administradores “infringir, por ação ou omissão, expressa norma estatutária” e “prática de ato de gestão irregular ou temerária”.
Antes deste novo pedido protocolado, Augusto Melo encarou dois processos de impeachment, ambos motivados pelo caso VaideBet e por questões relacionadas à falta de transparência sobre pendências financeiras.
No último deles, em 20 de janeiro, o Conselho suspendeu a votação pela falta de tempo hábil para concluir o processo mesmo após a admissibilidade do impeachment, aprovada por 126 votos a 114.
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