Ele é o capitão, artilheiro e ídolo da torcida do Vasco da Gama, tão identificado com o clube cruzmaltino que nem parece ter nascido a mais de 2.600 km de distância de São Januário, em Santo Domingo, na província de Santa Fé, na Argentina. Pablo Vegetti é a cara de um renovado Vasco,  em alta no Brasileirão e classificado à semifinal da Copa do Brasil. Foi de Vegetti o belo gol de cabeça, mais um, que levou a decisão diante do Athletico-PR para os pênaltis.

Em entrevista exclusiva à PLACAR, concedida dias antes da classificação e cuja íntegra será publicada nas próximas semanas, junto com um perfil do atleta na edição impressa da revista, Vegetti falou de suas metas coletivas e individuais para 2024 e contou que nem sequer quis escutar as propostas que chegaram a seu empresário, Hernán Bernardello. Artilheiro da Copa do Brasil com seis gols, ele diz que agora se permite sonhar com o primeiro título pelo Vasco.

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“Tento estabelecer minhas metas e objetivos a curto prazo, não a longo prazo. Dois meses atrás, eu não poderia colocar as metas que coloco hoje. A nível de grupo quero ganhar a Copa do Brasil, é uma meta a curto prazo, agora sim temos esse objetivo. E depois no Campeonato Brasileiro estamos na oitava posição, queremos entrar no G-6, classificar à Copa Libertadores, esquecer totalmente o rebaixamento. São metas que no começo do ano, ou em uma parte do torneio, não almejávamos. E a nível pessoal quero ser artilheiro da Copa do Brasil e do Brasileirão, mas não é fácil, eu falo: tenho que trabalhar, tem que acontecer muitas coisas, tenho que fazer muitos gols para isso”, disse o argentino, que tem oito gols no Brasileirão, três a menos que o artilheiro Pedro, do Flamengo, que se lesionou gravemente.

Com uma carreira inusitada, já que estourou para o futebol tardiamente quando se tornou ídolo do Talleres, entre 2019 e 2023, o jogador de 35 anos se disse completamente adaptado ao Vasco, tanto que já pensa em encerrar a carreira no clube carioca. Ele revelou ter conversado com o presidente Pedrinho sobre o tema recentemente.

“Eu falo isso sempre em toda a minha carreira: a gente não pode prometer algo sem saber o que vai acontecer. Eu tenho mais um ano de contrato (até dezembro de 2025), mas o presidente já falou comigo e com o meu empresário e eu disse: ‘cara, estou muito feliz aqui, se quiser que fique depende de você’. Se depender de mim, ficaria até aposentar. Falei isso para ele de coração que se fosse por mim ficaria até aposentar, mas não depende só de mim obviamente. Tem a procura do mercado, o Vasco pode receber uma proposta que considera, ou não. Muita coisa pode acontecer, mas fui muito claro com ele. Ele sabe.