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Renato Augusto lamenta problemas físicos: ‘Me preparei para um ano diferente’

À PLACAR, o meio-campista do Corinthians fez análise sobre ausências e lesões que o atrapalharam ao longo desta temporada

Renato Augusto vive na atual temporada o momento mais delicado desde o retorno ao Corinthians em julho de 2021. Em entrevista à PLACAR de outubro, o camisa 8 contou ter se condicionado fisicamente para “fazer um ano diferente”, com titulos, e lamentou os problemas que afetaram diretamente o seu rendimento. Ele classifica algumas das lesões como fatalidades.

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“Na verdade ninguém consegue jogar todos os jogos. Infelizmente, o calendário é desumano e vai chegando agora, principalmente nesse final de temporada e você vê muitos jogadores machucando. É um país muito grande, então são viagens desgastantes. Você joga na com 35 graus, no outro jogo você desce para jogar a 15. Então, há um desgaste muito grande, mas no meu caso eu tinha me preparado para um ano diferente. Eu falei: ‘cara, esse ano eu quero conquistar um título’. Me condicionado muito para o Campeonato Paulista e são coisas que acontecem, fatalidades que não tem como prever. Em uma bola simples fui tocar, o Igor [Fernandes, do Santo André], que até jogou aqui, me acerta uma bola e meu joelho roda. Então, tem uma opção de uma cirurgia, ou não. Faz cirurgia? Não faz? Por tudo que eu vivenciei, vamos tentar segurar sem a cirurgia. E o jogo que eu tento voltar e acontece fatalidade [lesão de menisco]. Aí não tem o que fazer, vamos vamos operar. Então, por isso que números às vezes te induzem alguma coisa. Se olhar o número frio é muito pouco”, iniciou dizendo o jogador.

“E depois da cirurgia você tem que voltar e ao mesmo tempo tem que às vezes forçar algumas situações, como foi a situação do Galo, um jogo de vida ou morte da Copa do Brasil. Óbvio que eu não tinha condições de jogo, não estava 100%, mas é um jogo de vida ou morte, né? E eu conversei com o Vanderlei [Luxemburgo], ele queria correr o risco e eu me propus também a correr o risco, então achei que naquele momento valia muito mais a pena eu, talvez, me entregar ao clube do que realmente pensar em mim. Se eu fosse mais jovem talvez não iria porque era uma época de transferência para fora, no meio do ano, eu poderia muito bem falar: ‘não, não dá para eu ir. Vou ficar e quando eu estiver bem eu volto a jogar’. Mas hoje eu penso muito só no clube. Não penso em seleção, não penso em transferência, então abri mão, corri o risco e tivemos um problema”, completa.

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O experiente jogador esteve presente em 35 dos 62 jogos do Timão em 2023 – 56,4%. Em abril, precisou ser submetido a uma artroscopia para corrigir uma lesão de menisco no joelho direito. Retornou após 52 dias de ausência, mas também sofreu com outros problemas físicos, mais recentemente na panturrilha. Mesmo assim, acredita ter conseguido ser decisivo em algumas partidas.

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“Depois daquele primeiro problema eu tive que tentar me readaptar e agora estou pagando um pouco o preço disso, não é? Não consegui fazer uma sequência muito grande, mas eu procuro toda vez que entrar no campo entregar aquilo que o time precisa. Aquilo que o torcedor espera, potencializar os outros atletas, então… eu não ligo muito para para a questão dos números. É claro que eu quero sempre aumentá-los, mas em compensação: menos jogos, mas fui um cara mais importante nos jogos. Consegui entregar um pouco mais, apesar de ter jogado menos. Então, não penso muito nessa parte assim. Vou trabalhar para ficar bem e os jogos que eu tiver, às vezes por escolha do treinador, às vezes para algum outro problema, ou conversas com a comissão, vou ficar de fora, tudo bem, mas quando estiver em campo eu procuro entregar o máximo ao clube”, concluiu.

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Nos próximos dias, PLACAR seguirá publicando outros trechos da entrevista de mais de uma hora, tanto no site quanto no canal de YouTube Placar TV. No papo, ele fala sobre o temor por virar um peso no clube, o possível fim de ciclo de outros veteranos, a idolatria, as comparações com Sócrates, a opção pelo Corinthians ao Flamengo em 2021, a ‘Renatodependência’ do time….

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O camisa 8 ainda expõe o desejo de virar treinador, a admiração ao trabalho de Fernando Diniz, as críticas que considera exageradas a Neymar, defende Yuri Alberto, conta detalhes sobre o gol perdido contra a Bélgica na Copa de 2018 e a decisão de ter ido para o futebol chinês no melhor momento da carreira.

A edição do mês já está disponível na loja oficial da revista no Mercado Livre e chegou às bancas de todo o país na última sexta-feira, 20. A publicação ainda traz mais duas entrevistas de peso: com o atacante Deyverson, o maluco no pedaço do futebol brasileiro, que diz viver sua melhor versão pelo Cuiabá, e também o inigualável ídolo Zico, o grande craque da geração PLACAR, que relembrou seus 70 anos de vida em fotos na revista.

Capa da PLACAR de outubro com Renato Augusto
Capa da PLACAR de outubro: ‘E agora?’ – Reprodução/Placar 

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