Redenção de Yuri Alberto é destaque da PLACAR de novembro
Revista do mês traz entrevistas exclusivas com o artilheiro corintiano e também com Guilherme Arana, do Galo, e Lucero, do Fortaleza, além de um especial sobre pirataria nas transmissões
A PLACAR de novembro chegou, com um personagem de capa extremamente em alta. Yuri Alberto, artilheiro e protagonista da recuperação do Corinthians na temporada, concedeu entrevista exclusiva na qual narrou sua redenção pessoal. A edição 1.517 da revista traz ainda entrevistas com Guilherme Arana, do Atlético-MG, Juan Martín Lucero, do Fortaleza, um especial sobre pirataria nas transmissões e muito mais.
A versão impressa já está disponível em nossa loja oficial no Mercado Livre e chega às bancas de todo o país a partir da próxima sexta, 8.
Revista PLACAR: história, onde comprar e mais perguntas frequentes
Yuri Alberto abriu sua casa em São José dos Campos (SP) para um revelador papo sobre como superou as críticas, os memes e o episódio em que o então técnico do Corinthians, Mano Menezes, o chamou de burro em uma partida do Paulistão contra o São Bernardo.
“Este ano passei por momentos de muita humilhação. Hoje me sinto feliz e leve de poder comentar sobre esse episódio, tudo isso me incomodava muito. Durante os jogos os torcedores repetiam o ‘burro’ que ele falou. No aquecimento eu fazia um gol e a torcida comemorava como se fosse no jogo, aquilo para mim era uma chacota, me deixava muito desconfortável. Tive resiliência para passar por isso”, contou à PLACAR.
O peculiar sorriso no rosto voltou com um importe auxílio profissional da psicóloga Rosana Costa. “Estou me reconhecendo, [a terapia] é uma coisa que quero fazer para o resto da vida”, conta, antes de um conselho: “Não espere chegar até um momento difícil para procurar alguém. Acabei demorando um pouco, mas, pô, tenho só 23 anos.” A íntegra da entrevista será publicada em breve na PLACAR TV, no Youtube.
Guilherme Arana, o ídolo do Atlético-MG finalista da Libertadores e da Copa do Brasil é outra atração. O jogador de 28 anos assumiu o papel de lateral à moda antiga, que faz gols, cresce em jogos importantes e adora uma provocação sadia, como quando ironizou o choro dos cruzeirenses após a derrota no Campeonato Mineiro.
“O pessoal fala tanto do futebol de antigamente, de Edmundo e Romário, mas hoje em dia, quando vão zoar, acham ruim. O time que ganhou tem que zoar, mesmo”, afirmou Arana. Apesar do perfil extrovertido, ele assume claro papel de liderança no clube que defende desde 2020. Para além dos títulos (cinco Estaduais, um Brasileiro, uma Copa do Brasil e uma Supercopa do Brasil), é a personalidade do lateral que encanta a Massa.
“Sempre coloco o Galo em primeiro lugar e quero entrar cada vez mais na história do clube. Para isso, é preciso conquistar títulos, incorporar o que a camisa pede, que é a raça e o comprometimento”, diz. No papo, Arana ainda relembra o drama da lesão que o tirou da Copa do Mundo de 2022 e revela problemas com o técnico Gian Piero Gasperini, na Atalanta, e detalhes de quando recusou um convite de Jorge Jesus para reforçar o Flamengo.
A terceira entrevista da edição é com outro grande goleador, o argentino “El Gato” Lucero, que deu sua primeira exclusiva a um veículo nacional. Aos 33 anos, o artilheiro do Fortaleza manteve seu perfil discreto, mas contou detalhes saborosos de sua trajetória. “Eu sou de falar pouco e me manter à margem de tudo. Quando as coisas vão bem, eu sei que vou receber elogios, mas as pessoas não estão preparadas para as coisas negativas. Então eu sou da mesma maneira, nos momentos bons e ruins, não troco minha forma de ser”, contou, em bom portunhol.
Um verdadeiro andarilho da bola, com passagens por clubes de Argentina, Malásia, México e Chile, ele diz desfrutar de ótima fase no Laion. “Eu me sinto em casa, mas os primeiros meses foram difíceis. Agora eu amo, vou à praia, as noites são boas para caminhar na Beira-Mar. Só vou morar em cidade de praia, nunca mais no frio.”
A PLACAR de novembro traz também uma matéria sobre a derrota de Vinicius Junior para Rodri na disputa pela Bola de Ouro de 2024, resultado previsto pela revista na edição de agosto (leia mais na carta ao leitor abaixo) e uma reportagem especial sobre pirataria nas transmissões de futebol.
A reportagem “Futebol na Diagonal” mostra como operam e quanto faturam os canais ilegais que transmitem jogos, o que diz a lei e que a Justiça e as operadoras têm feito para combater o crime que gerou perdas de até 50 bilhões de reais em cinco anos à indústria audiovisual.
A revista ainda apresentou o segredo do sucesso dos clube sensações das Séries B (Mirassol e Novorizontino), C (Volta Redonda e Athletic) e D (Retrô) e acompanhou dias de “amor à distância”, nos consulados de Atlético-MG, Botafogo e River Plate em bares de São Paulo durante as semifinais da Libertadores.
Na seção Prorrogação: o jornalista Leandro Iamin relembra as tabelinhas entre dois craques, o do futebol, Paulo Roberto Falcão, e o da fotografia, J.B Scalco; trecho do livro Dicionário dos Apelidos do Futebol Brasileiro, do jornalista Claudio Gioria, revela a explicação para os principais apelidos do futebol nacional; e o ex-atacante Palhinha, ídolo do São Paulo, escala seu Time dos Sonhos. A coluna do mês é do jornalista Lucas Strabko, o Cartolouco, que faz uma crítica ao jornalismo atual.
Confira a carta ao leitor:
Não era alarme falso
A edição 1517 de PLACAR que você tem em mãos teve seu fechamento atrasado em alguns dias, pois a revista não poderia deixar de destacar a eleição da Bola de Ouro, uma das mais controversas dos últimos tempos – e de frustrante desfecho para nós, brasileiros. A derrota de Vinicius Júnior, que terminou em segundo, atrás do novo número 1 do planeta, o volante espanhol Rodri, do Manchester City, foi triste e, sim, injusta, mas não tão surpreendente, ao menos para quem leu a PLACAR 1514, de agosto.
Aos 24 anos, o atacante carioca do Real Madrid era apontado como favorito para faturar a honraria e assim encerrar um jejum brasileiro que perdura desde 2007, quando Kaká foi eleito o melhor jogador do mundo no prestigioso pleito da revista France Football. As estatísticas, os títulos conquistados e o protagonismo absoluto no time merengue autorizavam o
otimismo. No entanto, nem mesmo a excelente forma de Vini Jr. neste início de temporada – somada ao fato de Rodri estar lesionado – foi capaz de convencer a maioria dos 100 jornalistas votantes, um de cada país integrante do top 100 do ranking da Fifa.
A escolha causou revolta antes mesmo do anúncio oficial. Ao saber antecipadamente que Vini não seria o Bola de Ouro, o Real Madrid cancelou a ida de sua comitiva ao Théâtre du Châtelet, em Paris, mesmo tendo outros premiados, como o técnico Carlo Ancelotti. Um boicote histórico. O atacante revelado pelo Flamengo manteve seu discurso corajoso nas redes: “Eu farei dez vezes se for preciso. Eles não estão preparados”. Conforme PLACAR alertou há três meses, Vini não era unanimidade, longe disso. É visto com antipatia por boa parte da crítica mundial, por diferentes razões. Uma delas, sem dúvida, causa ojeriza.
Ao lutar bravamente contra o racismo nos campos espanhóis, o brasileiro se tornou um ícone mundial, mas também incomodou uma parcela considerável de poderosos (e preconceituosos). As reclamações em excesso, os bate-bocas em campo e as atuações apagadas pela seleção brasileira também enfraqueceram sua candidatura. A recente capa de PLACAR, que repercutiu no Brasil e no mundo, naturalmente, não representava nosso desejo, nem nossa posição isenta – sem qualquer pachequismo, os números comprovam que ninguém jogou mais bola que Vini na temporada –, mas a antecipação de um movimento inesperado. Jornalismo.
Na reportagem que começa na página 34, PLACAR comparou os feitos do atacante merengue aos de Rodri e relembrou outras Bolas de Ouro para lá de contestáveis. Que o prêmio da Fifa, ainda sem data definida, traga mais justiça.
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O Instituto PLACAR, pé solidário da revista, marcou um golaço entre setembro e outubro. A primeira edição da Copa PLACAR Comunidades reuniu 240 crianças, de quatro regiões carentes de
São Paulo, para cinco finais de semana de futebol e solidariedade. Caveirinha, Figueira Grande, Panorama e Rosana levaram suas escolinhas de futebol nas categorias sub-11, 13 e 15 para a competição valendo troféu e medalha. O instituto distribuiu chuteiras, uniformes, lanches e cestas básicas e recebeu dos jovens uma “alegria que não tem preço”. Confira como foi o evento na página 54 e saiba como ajudar em www.institutoplacar.org.br.