Presidente de LaLiga minimiza concorrência de mercados alternativos: ‘Não preocupa’
Dirigente da entidade citou chegadas de Mbappé e Álvarez como respostas às contratações de peso na Arábia Saudita, Brasil e Estados Unidos
O mercado da bola passa por momentos de transformação. Desde a última temporada, o surgimento de novas ligas, como a do futebol saudita, além do fortalecimentos do mercado brasileiro e da MLS, nos Estados Unidos, passaram a disputar transferências com as tradicionais potências europeias.
Essa concorrência, no entanto, ainda não incomoda LaLiga, segundo Javier Tebas, presidente da entidade. Em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira, 12, o dirigente espanhol minimizou o crescimento e a ida de grandes nomes para outros destinos.
“Vejo quem está vindo. Tem o Mbappé [no Real Madrid], chegou o Julián Álvarez [no Atlético de Madrid]… Acho que não estamos muito preocupados com esses movimentos“, respondeu Tebas ao ser questionado por PLACAR.
O mandatário da liga que organiza o Campeonato Espanhol ainda tratou com normalidade a saída de algumas potências. De acordo com ele, as negociações de Cristiano Ronaldo (que deixou o Real Madrid em 2018), Lionel Messi (do Barcelona ao PSG e depois para o Inter Miami) e de Memphis Depay (do Atlético de Madrid para o Corinthians) são normais.
Novo limite de gastos de La Liga
Durante a coletiva de imprensa, LaLiga divulgou os limites de gastos impostos para os clubes da primeira e segunda divisão. O Barcelona conseguiu elevar o teto de 204 milhões de euros da última janela (R$ 1,2 bilhão) para 426 milhões (R$ 2,6 bilhões) desta.
O clube blaugrana, porém, ainda não pode se enquadrar na regra que permite que os times gastem o equivalente ao valor economizado com saídas de jogadores. Caso não resolva a situação até janeiro, corre risco de perder a inscrição do meia-atacante Dani Olmo, principal contratação da última janela por 55 milhões de euros (R$ 340 milhões). Ele estava no RB Leipzig, da Alemanha.
Enquanto isso, o Real Madrid mantém sua posição como clube com maior poder financeiro, com um limite de 754 milhões de euros (R$ 4,7 bilhoes). O Atlético de Madrid também teve um aumento, passando de 215 milhões (R$ 1,3 bilhão) para 310 milhões (1,9 bilhão).
Por outro lado, o Sevilla enfrenta uma situação crítica, com um limite salarial de apenas 2 milhões de euros (R$ 12,5 milhões). Impactado pela não classificação para competições europeias, o tradicional clube perdeu cerca de 70 milhões de euros (R$ 437 milhões) em receitas.
Os limites impostos por LaLiga abrangem gastos com salários fixos e variáveis, seguridade social, bônus, comissões de agentes e amortizações. Os valores são referentes a jogadores do elenco principal, categorias de base e comissão técnica.
