Neres, Daniel Alves e Casemiro, os tricolores da seleção no Morumbi
Atletas formados na base do São Paulo e o lateral-direito, torcedor confesso do clube, são atrações da estreia da Copa América
Disputar uma competição oficial pela seleção brasileira em casa já seria naturalmente especial. Mas para três integrantes do time titular, que estreia na Copa América nesta sexta-feira, 14, diante da Bolívia, o jogo tem maior valor sentimental: Casemiro e David Neres, revelados pelo São Paulo, expressaram em palavras a emoção de retornar ao Morumbi. Já Daniel Alves, torcedor tricolor confesso, demonstrou sua alegria ao pisar no gramado de forma quase pueril: ‘plantando bananeira’, no treino da véspera.
Tabela completa de jogos da Copa América 2019
Casemiro, hoje uma liderança dentro do Real Madrid, deixou o São Paulo em baixa, em 2013, mas só guarda boas lembranças. “Sem dúvidas, para mim é mais que especial, o Morumbi é uma casa para mim. O São Paulo me fez crescer como pessoa e como homem.” O volante de 27 anos, que ainda não marcou gols pela seleção, disse que não há oportunidade melhor que essa. “Estou tentado fazer meu golzinho, apesar de esse não ser meu trabalho. Se sair, será importante”, afirmou, em entrevista coletiva na véspera do jogo. Entre 2010 e 2013, Casemiro fez 108 jogos e 11 gols pelo São Paulo e conquistou o título da Copa Sul-Americana de 2012.
David Neres, de 22 anos, estrela do Ajax nesta temporada, fará apenas seu segundo jogo como titular pela seleção brasileira adulta. E terá apoio total nas arquibancadas. “Já reservei mais de 20 ingressos, a família vem em peso. Vamos em busca da vitória e se vier um golzinho melhor ainda”, disse, há dez dias, em Brasília, quando ainda brigava pelo posto de titular. O São Paulo vendeu o atacante canhoto e driblador em 2017, por 15 milhões de euros (cerca de 50 milhões de reais). Dos três gols de Neres em apenas uma temporada pelo São Paulo, dois foram no Morumbi, incluindo um em clássico contra o Corinthians.
Já o baiano Daniel Alves, de 36 anos, jamais atuou pelo clube do coração – no Brasil, defendeu apenas outro tricolor, o Bahia. Mas garante que jamais perdeu o sentimento pelo clube e, em diversas entrevistas, revelou que cogita encerrar a carreira no Morumbi. Nesta quinta-feira, ao pisar no gramado onde viu pela TV o ídolo Raí brilhar tantas vezes, o “capitão sorridente da seleção”, não conteve a alegria e fez acrobacias no campo.
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