Nadal enfrenta ucraniano (e cansaço) na decisão no Rio
Espanhol sofreu para derrotar o compatriota Pablo Andujar na noite de sábado
“Podem pensar que um jogador como eu, que ganhei tudo, não valoriza um jogo como esse. Mas é das pequenas coisas que nascem as grandes coisas”
O espanhol Rafael Nadal fez o que todos esperavam e chegou à decisão do Rio Open. Mas a disputa da semifinal, na noite de sábado, foi mais dura do que se imaginava: durou 2 horas e 46 minutos e só foi decidida num 12 a 10 no tie-break do terceiro set contra seu compatriota Pablo Andujar. Agora, para ser campeão do mais importante torneio de tênis da América do Sul, o número 1 do mundo precisará superar o ucraniano Alexandr Dolgopolov, 54º do ranking, além do cansaço. O Rio Open é o primeiro torneio que Nadal disputa desde a final do Aberto da Austrália, em 26 de janeiro. A final acontece às 17 horas (de Brasília) deste sábado.
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“Ganhar uma partida quando se joga mal tem seu valor, talvez até mais que quando se joga bem. Isso indica que houve luta e superação. É preciso ter humildade, lutar, correr e tentar seguir adiante. A partida de hoje valia 180 pontos, a final vale 300 pontos. Podem pensar que um jogador como eu, que ganhei tudo, não valoriza um jogo como esse. Mas é das pequenas coisas que nascem as grandes coisas”, afirmou Nadal depois da partida. A condição física preocupa, e o jogador entrará em quadra para a decisão pouco mais de 18 horas após vencer Andujar pela semifinal. Para o espanhol, o adversário pode encontrar um cenário favorável. Ele também reclamou das bolas usadas no torneio. “Eu espero estar bem. Creio que as condições de jogo são melhores para ele, que é um jogador agressivo. Será um adversário difícil, acredito que as condições serão favoráveis a ele. Ele tem um jogo ordenado, agressivo. A bola é a mesma de sempre, continua sendo ruim. Há um ano jogamos com ela, e o pessoal da ATP deveria trocá-la. Não faz sentido continuar com uma bola tão ruim.”
O espanhol também explicou a dor que sentiu na mão durante o terceiro set. “Foi uma cãibra, creio que por desidratação, mas acredito que não será problema para domingo.” Já Pablo Andujar lamentou a derrota, mas se mostrou satisfeito pelo atuação. “Foi uma das melhores partidas da minha vida, quem sabe a melhor”, afirmou. “Mas lamento ter tido dois match points e não ter aproveitado”. Questionado sobre por que não tinha conseguido a vitória mesmo que ele mesmo afirmasse ser aquela uma de suas melhores partidas da carreira, Andujar não titubeou na resposta. “É muito fácil de responder: esse jogo era contra Rafa Nadal”, resumiu.
(Com Estadão Conteúdo e agência EFE)