Morata revela luta contra a depressão e fala de saúde mental
Mesmo com a discussão sendo importante, diversos atletas e até clubes ainda se negam sobre o assunto saúde mental
O crescente debate sobre saúde mental no esporte está cada vez mais presente, com atletas de diversas modalidades compartilhando suas lutas pessoais. No futebol, onde a pressão é intensa, o cuidado psicológico passou a ser fundamental para garantir não apenas o desempenho em campo, mas o bem-estar geral dos jogadores. A conscientização sobre o tema ganhou destaque no Dia Internacional da Saúde Mental, celebrado no dia 10 de outubro, momento oportuno para refletir sobre a importância de cuidar da mente, assim como do corpo.
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Morata e a importância da saúde mental no futebol
Casos recentes reforçam a necessidade de apoio psicológico no esporte de alto rendimento. Álvaro Morata, atacante do Milan, abriu o jogo sobre sua batalha contra a depressão em entrevistas a programas como El Partidazo e Rádio COPE. Ele revelou que, meses antes da Eurocopa, questionava se conseguiria continuar jogando futebol. Morata também ressaltou o papel crucial que amigos, familiares e profissionais da saúde mental desempenharam em sua recuperação. O atacante afirmou que sua transferência para o Milan foi decisiva para sua saúde, ajudando-o a encontrar um ambiente mais saudável para sua recuperação emocional.
Outros jogadores que estão abordando o assunto
Esse tipo de relato reflete uma tendência global no futebol. Jogadores como Richarlison e Giorgian De Arrascaeta também têm usado suas plataformas para abordar questões de saúde mental. Richarlison, por exemplo, compartilhou em documentário da ESPN como chegou a um ponto crítico em sua vida, e como a terapia foi fundamental para resgatar seu bem-estar. O uruguaio De Arrascaeta destacou que estar bem mentalmente é tão importante quanto estar fisicamente em forma.
O peso da saúde mental em um atleta profissional
O impacto da saúde mental no desempenho dos atletas não pode ser subestimado. Rosângela Vieira, psicóloga do Sport, explica que até 70% do comportamento dos atletas pode ser influenciado por seu estado mental. Sem o suporte psicológico adequado, mesmo os jogadores mais preparados fisicamente podem enfrentar desafios. Profissionais como Eduardo Cillo, do Comitê Olímpico do Brasil, e Alex Araújo, da 4Life Prime, também destacam que o acompanhamento psicológico é essencial para atletas que lidam com a pressão do esporte de alto rendimento.
A batalha pela saúde mental no esporte também é um reflexo da realidade brasileira, onde milhões de pessoas convivem com transtornos como a ansiedade e a depressão. Dados da OMS mostram que o Brasil lidera o ranking mundial em casos de ansiedade, com 9,3% da população afetada. Para atletas, esse cenário é ainda mais intenso devido às expectativas e demandas do esporte competitivo.
A conscientização e a quebra de estigmas sobre saúde mental são passos essenciais para promover ambientes mais saudáveis e seguros. Seja dentro ou fora de campo, o apoio psicológico pode ser a chave para atletas encontrarem o equilíbrio necessário para atingir seu potencial máximo.
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