Lugano diz que fica: ‘Uruguai está em crise, mas São Paulo também’
Ex-zagueiro admitiu ter recebido proposta para presidir a federação de seus país, mas acha que não é o momento certo
O ex-zagueiro uruguaio Diego Lugano confirmou, na madrugada deste sábado 2. que recebeu uma proposta para dirigir a Associação Uruguaia de Futebol (AUF). Ele disse ter ficado seduzido pela proposta, mas que neste momento não pensa em deixar o Brasil e o cargo de superintendente de futebol do São Paulo.
“O futebol uruguaio está em crise, mas o São Paulo também e precisa de mim. Além disso tem a questão familiar, meus filhos estão bem aqui”, explicou o ex-jogador, em um camarote do Anhembi onde curtia o Carnaval paulistano.
“O que acontece é que há quatro anos eu e outros jogadores estamos liderando uma espécie de revolução no futebol uruguaio, que foi roubado por décadas. Era como o ‘Bom Senso’ aqui do Brasil e conseguimos mudar muitas coisas, como questões de patrocínio e direitos de TV. E junto à Fifa ganhamos poder de voto na eleição”, acrescentou o ex-atleta.
A Associação Uruguaia de Futebol tem eleições marcadas para 21 de março e o futuro do cargo de presidente permanece como uma grande incógnita. Logo após a Copa do Mundo de 2018, Wilmar Valdez, que comandava a entidade até então, renunciou ao posto alegando questões pessoais.
Pedro Bodaberry, hoje interino na presidência, não será candidato e o nome de Lugano surgiu com força nas últimas semanas.
“Por eu ser o líder desse movimento, os atletas naturalmente pediram que eu fosse o presidente, mas eu expliquei que esse não é o momento. Assim como consegui muitas coisas, também ganhei muitos inimigos no Uruguai”, avalia o ídolo da torcida são-paulina.
“Não sei se quero ser presidente da AUF um dia. O que eu quero é melhorar o futebol do meu país, participar dessa mudança. Não posso dizer que nunca irei, mas acho que esse não é o momento”, finaliza Lugano.