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Jogador acusa torcida do Atlético de Madri de racismo

Senegalês Diop, de Levante, afirmou ter sido chamado de macaco. Atleta, no entanto, não se intimidou com ato: dançou em frente ao público que o ofendeu

Uma semana após Daniel Alves ser alvo de atos racistas por parte da torcida do Villareal, da Espanha, o volante senegalês Papa Diop, do Levante, disse ter sido chamado de macaco por torcedores do Atlético de Madri na vitória de sua equipe por 2 a 0, neste domingo, em partida válida pela principal competição do país do Velho Continente. O atleta, no entanto, não se intimidou e surpreendeu o público presente ao dançar na frente da torcida.

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“Fui chamado de macaco e, por isso, imitei o animal no fim da partida”, disse Diop, que garantiu não aguentar mais casos parecidos – é o décimo episódio registrado na atual edição da competição espanhola. “Estou cansado do racismo no futebol. E há muito tempo”, afirmou. “Não insultei ninguém. Dancei como macaco para que as pessoas vissem o que aconteceu”, completou, em entrevista ao jornal espanhol Marca.

O caso foi registrado já no final da partida entre Levante e Atlético de Madrid e, devido à confusão, que teve até mesmo uma pequena invasão de campo, o juiz decidiu encerrar a partida. Apesar disso, o senegalês disse que as manifestações da torcida foram frequentes desde o apito inicial. “Esses gritos de macaco têm que parar. Escutei a torcida do Atlético dizer isso durante todo o jogo. Não tenho nada contra a torcida do Atlético, porque só uma parte gritou. Mas é uma provocação e me parece uma falta de respeito”. Apesar das ofensas vindas das arquibancadas, Diop, além de dançar, conseguiu ajudar o seu time a vencer o rival, atual líder do Campeonato Espanhol com 88 pontos.

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(Com Estadão Conteúdo)

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