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Flávia Saraiva, de 15 anos e 1,33m, ganha medalha e vira sensação em Toronto

Jovem atleta carioca fez a melhor apresentação de solo do Pan e confirmou a condição de esperança do Brasil para os Jogos de 2016

A ginasta brasileira Flávia Saraiva se tornou uma das sensações dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá. Nesta segunda-feira, a atleta carioca de 15 anos e apenas 1m33 de altura, conquistou a medalha de bronze na disputa individual geral feminina da ginástica artística, com uma nota 57.050 ao fim das quatro séries. Com incrível carisma e um sorriso infantil, Flávia comemorou o feito em seu primeiro Pan e foi muito aplaudida pelos canandenses. A campeã da prova foi a atleta local Ellie Black, com nota 58.150 e a prata ficou com a americana Madison Desch, com 57.450 pontos.

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Flávia Saraiva brilhou especialmente em sua apresentação no solo, que lhe rendeu a maior nota no quesito (14.650). Além disso, ela recebeu 14.200 no cavalo, 13.800 nas barras assimétricas e 14.400 na trave de equilíbrio. Medalhista de prata nos Jogos Olímpicos da Juventude do ano passado, Flávia Saraiva confirmou seu potencial em seu primeiro ano como profissional. Sua pontuação, de 57.050, é equivalente ao nono lugar do Campeonato Mundial do ano passado, o que lhe dá boas esperanças para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016.

A veterana Daniele Hypolito também participou da prova, chegou a estar entre as três primeiras colocadas nas primeiras rotações, mas terminou em quinto, com pontuação final de 55.250. No domingo, Flávia e Daniele já haviam conquistado a medalha de bronze na prova por equipes, ao lado de Lorrane Oliveira, Letítica Costa e Julie Kim.

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Em reportagem especial, VEJA apresentou 11 promessas olímpicas, que devem brilhar nos Jogos do Rio de Janeiro, em agosto do ano que vem. Leia o perfil de Rebeca e Flávia abaixo ou clique aqui para ler todos os textos.

Bonecas? Espere só para vê-las em ação

Rebeca Andrade, 16 anos, e Flávia Saraiva, 15 anos – Ginástica artística

É ingrato o ritmo de preparação de um atleta olímpico. Muitas vezes, quando a forma parece ter chegado ao ápice, a competição não chega – e o contrário também é verdade. Solução? Humildade. “Se a Olimpíada fosse amanhã, eu já estaria preparada”, diz Flávia Saraiva, de 15 anos, mero 1,33 metro de altura e lucidez de veterana. Flávia, a da direita na foto ao lado, foi ouro no solo e prata na trave na etapa brasileira da Copa do Mundo de Ginástica Artística, em maio deste ano. Ela divide os holofotes com Rebeca Andrade, um pouquinho mais velha (16 anos) e 19 centímetros mais alta (1,52 metro), prata no salto no Brasil e bronze nas barras assimétricas um mês antes, na Eslovênia.

Quem entende do assunto explica como acompanhá-las em ação. “A Flávia encanta pela parte artística”, diz a coordenadora da seleção feminina, Georgette Vidor. “Os árbitros ficam fascinados e só falta sorrirem para ela.” Com Rebeca, convém outro olhar. “Ela é muito forte e faz elementos altos.” Ambas – uma com graça indescritível e a outra com energia quase incompatível com seu porte – ecoam uma tradição da ginástica feminina, cujo maior símbolo é a romena Nadia Comaneci. O que se vê são bonequinhas e, dada a autorização dos juízes, surgem gigantes com total controle de explosão, velocidade e equilíbrio.

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