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PLACAR de novembro tem Flaco e Gabriel Jesus em destaque
Flaco López, Gabriel Jesus e Ponte campeã são destaques da PLACAR de novembro
Edição do mês, já disponível em versão digital e nas bancas a partir do dia 14, traz ainda reportagens especiais sobre Cabo Verde e calendário; confira os destaques e garanta a sua
Capa da edição 1529, com Flaco López em destaque – PLACAR
A revista PLACAR de novembro de 2025 já está disponível. A edição 1529 tem como destaque de capa o atacante argentino Flaco López, que se reergueu no Palmeiras e agora sonha com o título e artilharia da Libertadores, além de uma convocação para a Copa do Mundo de 2026.
A edição traz ainda uma entrevista reveladora com Gabriel Jesus, de volta após grave lesão no joelho, uma reportagem especial sobre o primeiro título nacional dos 125 anos de história da Ponte Preta, e muito mais.
A versão digital já está disponível para assinantes (clique aqui e vire membro). A versão física estará à venda em nossa loja a partir do dia 12 e chega às bancas de todo o país a partir do dia 14 de novembro.
‘Forte’ López, Gabriel Jesus e calendário
Flaco López entra na sala de imprensa da Academia de Futebol e, como se ninguém ali o conhecesse, se apresenta aos repórteres e ao fotógrafo de PLACAR: “Prazer, José”. A atitude é simples apesar de atípica hoje entre atletas e famosos em geral. Mais do que isso, o atacante do Palmeiras não se refere a si mesmo pelo apelido com o qual é conhecido, sobretudo, no Brasil. “Flaco” é como argentinos se referem a uma pessoa “magrela” ou “esguia”, o que gera diverti das confusões, mesmo entre funcionários do clube, que até pouco tempo atrás pensavam tratar-se de seu nome de batismo.
Em entrevista aos repórteres André Avelar e Isabela Labate, Flaco falou sobre sua força, para muito além dos 10 quilos de massa que ganhou nesta temporada. Foram necessárias resiliência e disciplina para superar as críticas e vencer a forte concorrência no ataque até, enfim, se tornar peça fundamental na equipe dirigida por Abel Ferreira. “Tive de me focar e pensar em tudo que tinha passado. Trabalhar para conseguir o que tinha planejado”, contou.
Flaco ainda falou sobre a honra de estar sendo chamado pela seleção campeã do mundo e brincou sobre a “dificuldade” de atuar com Lionel Messi. “É fácil e difícil ao mesmo tempo (risos). É muito fácil jogar com caras dessa qualidade, mas, por outro lado, quando você erra, fica muito exposto. A qualidade dos jogadores é muito alta.”
Gabriel Jesus também concedeu entrevista exclusiva à PLACAR de novembro. Afastado dos gramados desde janeiro, quando rompeu o ligamento cruzado anterior (LCA), do joelho, ele retornou aos treinos do Arsenal convicto de que retomará sua melhor fase.
O atacante de 28 anos negou que tenha recebido ofertas e reiterou seu desejo de permanecer e conquistar títulos nos Gunners, mas jurou lealdade ao Palmeiras em um eventual retorno ao Brasil. “Quando eu sentir vontade de voltar ao Brasil, que não é o caso hoje, o meu desejo é e sempre será o Palmeiras”, contou a Enrico Benevenutti e Luiz Felipe Castro.
Jesus refletiu sobre erros e acertos, e admitiu ter sofrido com as críticas, especialmente depois da Copa do Mundo de 2018. Maduro, ele sabe que o tempo é curto, mas ainda confia que pode convencer Ancelotti de que merece uma vaga na lista final para o Mundial de 2026.
“O Brasil tem muitos jogadores, não só de centroavante, mas em todas as posições da frente, com total capacidade de representar o país. É uma briga sadia, boa. Meu foco agora é voltar bem e, se pintar uma oportunidade, tentar agarrá-la. Com a experiência e a versatilidade que tenho, sinto que posso ajudar em pelo menos quatro posições do ataque”, afirmou.
Gabriel Jesus concedeu entrevista exclusiva à PLACAR 1529
A edição 1529 traz uma série de reportagens especiais, como aquele em que o repórter Guilherme Azevedo analisa as mudanças no calendário anunciadas pela CBF e propõe uma alternativa ainda melhor.
Reportagem sobre o calendário
As façanhas de Ponte Preta e Cabo Verde
Dando sequência à tradição de acompanhar de perto as grandes histórias do futebol nacional, PLACAR cobriu a inédita conquista nacional da Ponte Preta, campeã da Série C do Brasileirão.
O repórter André Avelar e o fotógrafo Alexandre Battibugli estiveram no Moisés Lucarelli na final diante do Londrina e também no triunfo da Macaca no Dérbi Campineiro, que garantiu a Ponte na decisão e, de quebra, manteve o rival Guarani na Terceirona. Uma campanha histórica que merecia um ensaio de fotos especial.
Reportagem especial sobre a Ponte Preta campeã da Série B – PLACAR 1529
Outro feito inédito se deu nas Eliminatórias Africanas. O repórter Enrico Benevenutti contou como Cabo Verde recorreu até ao Linkedin para obter sua primeira classificação para uma Copa do Mundo.
Reportagem sobre Cabo Verde na edição 1529 – Reprodução
Reinaldo e mais acervo
Reinaldo, o maior ídolo do Atlético-MG, brindou PLACAR com uma ilustre visita ao acervo de PLACAR, em Cotia (SP), para escolher algumas fotos para uma reedição do livro Punho Cerrado – A história do Rei (2017, Editora Letramento), escrita por seu filho, Philipe van
R. de Lima, que o ajudou a vasculhar os tesouros da família.
Rapidamente, o papo virou uma viagem no tempo repleta de nostalgia. “Essa é a melhor de todas, o [fotógrafo J.B.] Scalco era um gênio”, derreteu-se ao rever a foto da partida entre Brasil e Suécia, na Copa de 1978, que foi parar na capa da revista. O redator-chefe Luiz Felipe Castro e o fotógrafo Alexandre Battibugli separaram 14 fotos marcantes para que o Rei relembrasse e comentasse. Ganharam em troca um queijo a Serra da Canastra e um doce de leite.
Na seção Prorrogação, uma viagem pelo acervo nos leva ao início dos anos 2000, quando Romário viu sua popularidade cair às vésperas do Mundial de 2002.
Além de receber duas dicas imperdíveis de literatura, o leitor descobre o Time dos Sonhos montado pelo ex-jogador Rosinei, campeão por Corinthians, Inter e Atlético-MG.
Seção Prorrogação da PLACAR 1529 – Reprodução
Por fim, mas não menos importante, a edição traz uma coluna assinada por Arnaldo Cezar Coelho, lenda da arbitragem, que analisa os problemas do VAR no Brasil.
“O VAR, que nasceu para corrigir injustiças, se transformou em um tribunal confuso, barulhento e burocrático. É um amontoado de gente diante de telas, opinando sem critério e sem convicção. É como se a cabine fosse um botequim digital, onde cada um dá um palpite. O árbitro, que deveria ser o condutor da partida, tornou-se refém da tecnologia e das vozes que o cercam.”
Coluna de Arnaldo Cézar Coelho na PLACAR 1529 – Reprodução
Confira a carta ao leitor da edição:
Não havia como o futebol escapar do ambiente tóxico que há anos domina o cenário político nas redes antissociais. O escritor italiano Umberto Eco anteviu o fenômeno em 2015, um ano antes de sua morte. “O drama da internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade. […] Antes, os idiotas da aldeia tinham direito à palavra em um bar e depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade.” Não se tratava de discurso reacionário ou elitista, mas de uma previsão certeira sobre os perigos da desinformação, da desonestidade intelectual e do esvaziamento do debate. Com o que talvez o autor de O Nome da Rosa não contasse é que as próprias plataformas não só apreciariam a gritaria como ainda a premiariam. Na era dos algoritmos e da monetização, o clubismo virou um grande negócio.
A intolerância em tempos de eleições costuma ser apelidada de Fla-Flu político. No futebol, são Palmeiras e Flamengo, novamente finalistas da Libertadores, os protagonistas das maiores confusões fora de campo. Os mensageiros do caos atendem por Leila Pereira, presidente alviverde, e Luiz Eduardo Baptista, o Bap, mandatário rubro-negro. Os técnicos Abel Ferreira e Filipe Luís aproveitam o embalo, e torcedores, influencers e jornalistas completam o circo de bravatas. Ambos posam de perseguidos, enquanto o “sistema” estaria a favor do outro.
“Não tem os ‘terraplanistas’ que acreditam que a Terra é plana? Agora tem os ‘terraflamistas’, que acreditam que o sistema solar gira ao redor do Flamengo”, afirmou Leila ao GE, culpando o rival pelos entraves que impedem a criação de uma liga independente da Confederação Brasileira de Futebol. É fato que nove entre dez dirigentes ouvidos pela reportagem nos últimos anos reclamam que o egoísmo rubro-negro trava o avanço da liga. Mas seria ingenuidade acreditar que esses mesmos cartolas não fariam igual, se estivessem na posição de Bap ou de seu antecessor, Rodolfo Landim, como representantes da maior (e mais lucrativa) torcida do Brasil.
A história nos ensina, desde o trágico naufrágio da Copa União, que poderia ter sido a “Premier League brasileira” cinco anos antes da criação da liga inglesa, que todos os cartolas só pensam no próprio umbigo. Basta ver o número de clubes endividados e a proliferação de gramados artificiais que nada condizem com um campeonato de primeira linha. O que eles não enxergam é que não se trata de caridade ou altruísmo. Sem as amarras da CBF, no longo prazo, todos sairiam ganhando. Se em 1987 PLACAR encampou com enorme entusiasmo o sonho da Copa União – e sofreu com sua implosão –, desta vez nossas metas são mais realistas. Enquanto os dirigentes se digladiam, vemos com bons olhos a medida da CBF de tornar menos insano o calendário do futebol nacional a partir de 2026. O repórter Guilherme Azevedo se debruçou
sobre o tema e propôs melhorias, a partir da página 22.
De volta à rixa entre palmeirenses e flamenguistas, convém novamente recordar Umberto Eco, que admitia não morrer de amores pela bola devido ao potencial de alienação que ela produzia. “Eu não odeio o futebol. Eu odeio os seus fanáticos”, chegou a escrever o gênio italiano, torcedor distante do Alessandria, pequeno time de sua cidade natal homônima. PLACAR, a revista esportiva do Brasil, que desde 1970 visa promover o amor pelos clubes e, acima de tudo, pelo próprio futebol, recorre aos dois maiores ídolos de Palmeiras e Flamengo para tentar botar a bola no chão antes da final.
Ademir da Guia e Zico são talvez os craques mais humildes e doces que o país já produziu. Cheios de saúde, o Divino, 83 anos, e o Galinho, 72, certa mente desaprovam esse clima de barbárie virtual que em nada contribui. Na foto do alto da página ao lado, um tesouro de nosso acervo, Ademir e Zico participam de um jogo beneficente em prol da família de Geraldo, revelação do Mengão que morrera aos 22 anos, em uma tragédia que abalou o país.
Pois não é preciso ser torcedor de um time para se emocionar com as belas histórias que o futebol proporciona, como aquelas da seleção de Cabo Verde, que estreará na Copa do Mundo em 2026 (pág. 42), ou da Ponte Preta, que conquistou seu primeiro título nacional em 125 anos de história. PLACAR estava lá, tanto na final contra o Londrina quanto no Dérbi diante do Guarani, para eternizar a festa da Macaca, com texto de André Avelar e fotos espetaculares de nosso ilustre ponte-pretano, Alexandre Battibugli – que em 2025 completa 30 anos a serviço da revista, e cuja maior alegria como torce dor até então era espalhar adesivos da Ponte pelo mundo em coberturas especiais. Solta o grito, Batti! E viva o futebol, com mais paixão e tolerância.
Flaco López, do Palmeiras, é o destaque da PLACAR deste novembro de 2025 (edição 1529) – PLACAR