Federer elogia rivais Nadal e Djokovic: ‘Temos nossos próprios estilos’
Terceiro do mundo, tenista suíço disse se sentir competitivo aos 37 anos
Aos 37 anos, Roger Federer vem dosando suas participações em grandes torneios. Nesta semana, ele voltará a jogar em quadra de saibro depois de três anos, no Masters 1000 de Madri, na Espanha. O lendário tenista suíço, atual terceiro colocado do ranking da ATP, concedeu entrevista ao diário local Marca, na qual falou sobre o peso da idade e também de seus grandes concorrentes, o espanhol Rafael Nadal e o sérvio Novak Djokovic.
Questionado se o fato de o trio ter dominado o tênis na última década não atrapalhou o desenvolvimento de outros tenistas, Federer preferiu valorizar os dois rivais. “É possível olhar sob outras perspectivas. (…) Para mim, a presença de Djokovic e Nadal foi boa, porque contribuímos de forma distinta para o jogo. Temos personalidades diferentes, nossos próprios estilos. Soubemos tratar a mídia e controlar a pressão, acho que nos assistir foi excitante para os fãs.”
Sobre a idade, também preferiu ressaltar o lado positivo. “Me sinto jovem, meus filhos me deixam assim. Eu noto mais o peso da idade quando tenho um problema físico, é mais difícil recuperar. Antes, me recuperava em um dia e agora preciso de três dias ou uma semana. Mas também tem o lado positivo, a experiência me permite fazer um trabalho melhor de prevenção de lesões, hoje sei perfeitamente quando posso jogar ou não (…) Conheço muito melhor o meu corpo.”
O ex-líder do ranking diz se sentir surpreso por se manter competitivo aos 37 anos. “Se me dissessem 10 anos atrás, depois de ganhar Roland Garros, que eu estaria em Madrid como terceiro do mundo, eu não acreditaria. Podia esperar Top 10 ou 20… Mas se me perguntassem em 2009 se eu ainda estaria jogando em 2019, certamente diria que só se eu me sentisse competitivo e é assim que me sinto.”
Federer também explicou sua estratégia de participar de poucos torneios. “Com a carreira que tenho, não preciso mais jogar para perder na segunda rodada de um torneio. Meu objetivo é ganhar, como fiz no começo do ano. Se sinto que não vou poder ganhar, para mim é melhor parar (…) Sei bem quais são minhas prioridades, já não tenho que treinar tanto como antes. Tenho uma grande família e quero passar mais tempo com ela.”
O suíço, que disputou as Olimpíadas de Sidney-2000, Atenas-2004, Pequim-2008 e Londres-2012, e teve como melhor resultado a prata na edição britânica, não garantiu presença nos Jogos de Tóquio-2020. “Não tenho nem ideia se vou estar jogando ainda, Tóquio está muito longe. A Olimpíada sinceramente não é um objetivo. Se vou, está bem, e se não, também.”