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Família de Sala pede que buscas sejam retomadas

Irmã do jogador argentino implorou que polícia inglesa “se ponha no lugar dos familiares”. Capitão alega que, após 80 horas, não há mais nada a fazer

Horas depois de a polícia de Guernsey, ilha no Canal da Mancha, comunicar nesta quinta-feira, 24, que encerrou as buscas pelo avião pilotado por David Ibbotson e que levava Emiliano Sala a Cardiff, familiares do jogador argentino protestaram e imploram para que os trabalhos sejam retomados.

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“Continuem buscando, por favor, não se pode mais viver assim. Que sigam buscando. Por que não vão continuar buscando? Por favor, não parem. Soube pela imprensa. Estamos pedindo para que continuem buscando”, disse Horacio Sala, pai do jogador, ao canal argentino TyC Sports.

“É um ser humano. Por favor, por favor, que continuem a busca até que apareça. Não pode ser que desapareça um avião e não tenham rastro de nada”, completou. A irmã de Sala, Romina, foi ainda mais enfática. “Sinto que eles estão vivos e bem. Estão esperando ajuda, peço por favor que não parem de procurá-los, eles estão vivos.”

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“Foram só três dias e tenho a esperança de que estejam vivos, quero que se ponham um pouco no lugar dos familiares, tanto a nossa como a do piloto. É terrível, é desesperador, não temos certeza de nada. Não se achou nada e a esperança segue intacta”, afirmou Romina.

‘Não podemos fazer mais nada’

Depois de mais de 80 horas de buscas, o capitão David Barker, encarregado pelas buscas, afirmou que nenhum vestígio da aeronave foi encontrado. Em entrevista à BBC, ele disse compreender os apelos vindos da Argentina, mas manteve sua decisão.

“Entendo que a família não esteja contente com o fim das buscas, entendo completamente. Mas estou absolutamente seguro de que não podemos fazer mais nada.”

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Mais cedo, em comunicado, o capitão detalhou sua posição. “Apesar dos esforços nas buscas pelo Canal da Mancha e de examinar dados dos celulares e imagens de satélite, não fomos capazes de encontrar nenhum rastro do avião, do piloto ou do passageiro. Foram 80 horas de voo, utilizando três aviões e cinco helicópteros, além de uma busca contínua nas últimas 24 horas. Foram utilizados botes e vários barcos de pesca e particulares. Avaliamos todas as informações até tomar a difícil decisão de encerrar a procura. As chances de sobrevivência são extremamente remotas”, diz o comunicado, nas redes sociais da Polícia de Guernsey.

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O avião em que ele e o piloto estavam a bordo desapareceu na última segunda-feira 21, a cerca de 20 quilômetros ao norte da ilha Guernsey. O atacante de 28 anos foi vendido do Nantes para o Cardiff, do País de Gales, na maior negociação da história do time que disputa a primeira divisão inglesa: 15 milhões de libras (cerca de 73 milhões de reais). Sala estava no avião rumo à cidade galesa para assinar seu contrato com o clube.

Sala deixou a Argentina muito jovem para reforçar a base do Bordeaux. Após ser promovido ao time principal, passou a ser emprestado para times menores, até se transferir para o Nantes, em 2015.

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