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Exclusivo: ‘Para nós é mais difícil ser melhor do mundo’, diz Rodrygo sobre Vini Jr.

Atacante revelou à PLACAR torcida para que companheiro de Real Madrid e seleção quebre jejum sem brasileiros no topo da Bola de Ouro e do Fifa The Best

Rodrygo era só uma criança perto de completar sete anos quando Kaká foi o último brasileiro a conquistar o prêmio de melhor jogador do mundo. Nesses 14 anos, a premiação da Fifa, e também da France Football, foi dominada por Lionel Messi e Cristiano Ronaldo. Para o hoje jogador do Real Madrid e da seleção brasileira, o motivo da ausência de atletas do país não é dos mais nobres.

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Em entrevista exclusiva à PLACAR, Rodrygo comentou as possibilidades do seu companheiro Vinicius Júnior conseguir quebrar esse incômodo jejum, mas disse que “a gente tem sempre que fazer um pouquinho mais do que os outros”.

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“Ele [Vinicius Júnior] sabe que para a gente é um pouco mais difícil, né?”, iniciou dizendo o jogador de 23 anos, antes de ser provocado a explicar melhor a sua opinião. “Não sei, talvez por tudo que ele fez na outra temporada e não estava [entre os finalistas]. Eu digo por mim também. Ver outros caras assim na minha frente foi meio estranho, sabe? Então, acho que a gente tem consciência que tem que fazer sempre um pouco mais.”

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A atual temporada do companheiro de ataque, seis meses mais novo que Rodrygo, é ainda melhor em relação à do ano passado. Se em 2022/2023 marcou 23 gols e distribuiu 19 assistências em partidas pelo Real Madrid, em 2023/2024 Vini já anotou os mesmos 23 gols em 38 jogos — as assistências caíram para nove. Além disso, esse ano acumulou o título de La Liga e a final da Champions League.

Recentemente, em entrevista coletiva, até mesmo o técnico italiano Carlo Ancelotti admitiu que o prêmio pode em breve virar uma realidade para o brasileiro: “Creio que Vinicius está indo bem. Falta a final da Champions e logo tem a Copa América, mas creio que está muito próximo. Se terminar bem com a final e também com a Copa América, acredito que pode ganhar a Bola de Ouro”, declarou.

Vini Jr., Rodrygo, Real Madrid, Juanjo Martín/EFE
Rodrygo e Vini Jr. vão em busca da 15ª Champions League para o Real Madrid – Juanjo Martín/EFE

Na temporada passada, Messi foi eleito o melhor do mundo pela oitava vez, seguido por Kylian Mbappé e Erling Haaland. A indicação final, no entanto, tinha nomes como Julian Álvarez, Marcelo Brozovic, Khvicha Kvaratskhelia, Victor Osimhen, Declan Rice entre outros. Vinicius foi o sexto no ranking final, enquanto Rodrygo não apareceu nem entre os 30 melhores.

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“O Vini está muito bem, principalmente, nesse final de temporada. A gente sabe que para a Bola de Ouro é o lugar que está lá vago. O Messi e o Cristiano [Ronaldo] já não estão mais, então precisa de alguém para ocupar esse lugar. E ele, com o que fez agora na semifinal também, principalmente, se colocou em uma posição bem boa” afirmou Rodrygo.

Vale destacar que a Bola de Ouro é entregue pela revista France Football. O prêmio acontece desde 1956 e até 1994 somente europeus concorriam. O título individual passou a valer para qualquer jogador atuante da Europa até 2006, quando a restrição caiu e passou a valer para todo o mundo.

Já o prêmio The Best é organizado pela própria Fifa desde 2016 e nunca um brasileiro venceu. Enquanto a Bola de Ouro é votada exclusivamente por jornalistas, o The Best se divide entre jornalistas, técnicos, capitães das seleções e torcedores no voto.

Champions League e Copa América

Apesar da expectativa, o atacante brasileiro acredita que a final da Champions League, em que o favorito Real Madrid tenta contra o Borussia Dortmund a 15ª conquista, terá grande peso na escolha do melhor jogador do mundo. A partida acontece no sábado (1º), no estádio Wembley, em Londres, na Inglaterra. Melhor para os brasileiros, já que o PSG, de Mbappé, e o Manchester City, de Haaland, caíram respectivamente nas semis e nas quartas de final.

Longe do clube, com a camisa da seleção, os principais jogadores estarão envolvidos com a Copa América e a Eurocopa, entre junho e julho, nos Estados Unidos para os sul-americanos, e na Alemanha para os europeus. Apesar de ter menor peso historicamente, um eventual título do Brasil teria lá seu valor na hora da escolha.

Rodrygo, seleção brasileira, Lucas Figueiredo/CBF
Rodrygo quer entrar na briga por The Best – Lucas Figueiredo/CBF

Rodrygo aposta no amigo, mas tem consciência e autocrítica que também pode chegar para a conversa dos melhores atletas do planeta.

“Isso do protagonismo é só fazer o que eu faço com mais frequência. Tive durante essa temporada uns meses em que me considerei o melhor jogador do mundo no mês. Então, é só fazer isso mais vezes. Mas isso é um problema meu, que senti durante essa temporada, que talvez dê umas osciladas que não poderia ter feito. Se eu tivesse mantido, sem dúvida, a discussão seria outra”, disse.

Existem dois grandes prêmios entregues ao melhor atleta em atividade na temporada. Hoje The Best, a premiação criada em 1991 pela Fifa era conhecida apenas como Melhor do Mundo. Paralelamente, o Bola de Ouro, que data de 1956 e foi lançado pela prestigiada revista France Football, tem tão ou mais reconhecimento na Europa. As duas premiações chegaram a se fundir em 2010, mas a ideia não foi para frente depois de 2015.

Romário (1994), Ronaldo (1996, 1997 e 2002), Rivaldo (1999), Ronaldinho Gaúcho (2004 e 2005), além de Kaká (2007) são os únicos brasileiros até hoje que levaram o prêmio na Fifa; Ronaldo (1997 e 2002), Rivaldo (1999), Ronaldinho (2005) e Kaká (2007) ainda fizeram a dobradinha com a France Football.

*Rodrygo será uma das atrações do guia da Copa América e da Eurocopa, que chega na segunda semana de junho à loja do Mercado Livre e nas bancas de todo o país. Nos próximos dias, novos trechos da entrevista serão divulgados em nosso site e redes sociais.

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