Publicidade
Publicidade

Em meio à pandemia, sauditas compram Newcastle por quase R$ 2 bilhões

Um grupo de investidores, liderado pelo polêmico príncipe Mohammed bin Salman, deu início ao processo de aquisição do clube da primeira divisão inglesa

Em meio a incertezas sobre o desfecho da atual temporada de futebol na Europa, devido à pandemia de coronavírus, uma notícia chamou a atenção nesta terça 14. O Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita, administrado pelo príncipe Mohammed bin Salman, deu entrada no processo de compra do Newcastle United, clube da primeira divisão da Inglaterra, pela vultuosa quantia de 300 milhões de libras (algo como 1,9 bilhão de reais, na cotação atual).

Publicidade

Segundo o Financial Times, 80% dos 300 milhões devem sair diretamente do fundo saudita. O restante da operação ficará a cargo dos demais sócios do negócio: a empresária inglesa Amanda Staveley e os irmãos David e Simon Reuben, ligados ao ramo imobiliário no Reino Unido.

O príncipe da Arábia Saudita Mohammed bin Salman cumprimenta o presidente russo Vladimir Putin nas triibunas do estádio Luzhniki, em Moscou, durante a Copa do Mundo de 2018 Reprodução/Twitter

Desde o agravamento das condições sanitárias mundiais, as discussões sobre compra e venda de atletas ou de clubes, inclusive, davam conta sobre a possível redução dos valores envolvidos em negociações desse tipo. A compra do Newcastle prova que o mercado ainda está aquecido, mesmo com a paralisação dos campeonatos e as perdas milionárias de receitas.

Publicidade

Em 2008, o Manchester City foi vendido pelo ex-primeiro-ministro da Tailândia, Thaksin Shinawatra, a um grupo de investidores ligados ao xeique Mansour bin Zayed Al Nahyan, de Abu Dhabi, por150 milhões de libras. Desde então, o clube teve ascensão meteórica no futebol inglês, levantando a taça da Premier League em quatro oportunidades, com um time repleto de estrelas e que, desde 2016, está sob o comando do técnico espanhol Pep Guardiola.

ASSINE VEJA

O vírus da razão O coronavírus fura a bolha de poder inflada à base de radicalismo. Leia também: os relatos de médicos contaminados e a polêmica da cloroquina

Clique e Assine

As notícias da negociação começaram em janeiro, quando a pedida do magnata inglês Mike Ashley, dono do Newcastle, era de 350 milhões de libras. O assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi, crítico do governo de seu país, no consulado da Arábia em Istambul, na Turquia, colocou um freio temporário nas conversas a medida que as investigações apontaram a participação direta do príncipe bin Salman no ato.

Ashley já havia exposto o desejo de vender o Newcastle em 2018, após 10 anos de administração e relações conturbadas com os fervorosos torcedores do time, que protestaram inúmeras vezes contra a falta de investimento de seu proprietário. O clube foi fundado em 1892 e é um dos mais tradicionais da Inglaterra, mas após o tetracampeonato inglês, em 1927, e o hexacampeonato da Copa da Inglaterra, em 1955, decaiu. Sob a direção de Ashley, o Newcastle foi rebaixado duas vezes, em 2009 e 2016.

Publicidade
Continua após a publicidade

Publicidade