Associados do Timão votarão pela confirmação ou recondução do mandatário ao cargo; vice Osmar Stabile assume interinamente
O Conselho Deliberativo do Corinthians aprovou na noite desta segunda-feira, 26, no Parque São Jorge, o afastamento de Augusto Melo da presidência do Timão. A decisão é um passo prévio ao pedido de impeachment.
Augusto Melo teve registrados 176 votos a favor do seu afastamento, 57 contrários e uma abstenção na reunião do conselho. Para o impeachment ser oficializado, os associados do clube precisam votar em eleição que ainda não está marcada.
Até a data desta nova votação, o Corinthians será comandado pelo vice-presidente Osmar Stabile. Pelo regimento do clube, o vice tem até cinco dias para convocar uma assembleia extraordinária dos sócios, com realização dentro aproximadamente um mês.
“Não vou renunciar. Não vou participar dessa palhaçada. Vou brigar para continuar aqui e brigar pelo Corinthians”, disse Augusto Melo antes mesmo da reunião do Conselho Deliberativo.
Caso o impeachment aconteça, novas eleições serão realizadas e apenas conselheiros do clube têm direito a voto. O mecanismo de renúncia de Augusto Melo faz com que o vice Osmar Stabile tome posse até o final de 2026.
Augusto Melo foi afastado da presidência do Corinthians depois de ser indiciado na Polícia Civil de São Paulo sobre o Caso VaideBet.
Segundo a Polícia Civil, a empresa que intermediou o contrato com a patrocinadora, e recebeu comissão para isso, é considerada um dos braços do Primeiro Comando da Capital (PCC) dentro do futebol. Em junho, a VaideBet alegou ‘suspeitas em relação a condutas que fugiam à conformidade com a ética e os preceitos legais’ para romper o acordo unilateralmente. O acordo de 370 milhões de reais iria até o fim de 2026.
Já no fim da noite, em seu discurso de posse, o interino Osmar Stabile pediu um fim das disputas políticas em prol do clube. Stabile também disse ter “humildade para reconhecer os erros do passado”.
“As valiosas páginas de conquistas e lutas do Sport Club Corinthians Paulista não podem mais ser manchadas por escândalos”, disse.
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