Agente de Dedé, ex-Cruzeiro, ganha do clube na justiça
A batalha judicial entre o jogador Dedé e o Cruzeiro por quebra de contrato
Recentemente, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais determinou que o Cruzeiro pague uma indenização de mais de R$ 18 milhões aos empresários do ex-zagueiro Dedé. Com as correções aplicadas desde a quebra de contrato em fevereiro de 2021, o valor foi ajustado para R$ 34.230.878,32. Inicialmente, a reivindicação dos empresários era de cerca de R$ 330 milhões.
O grupo investidor, composto pelo Grupo D.I.S, GT Sports Assessoria Esportiva e outros, pretende recorrer ao Superior Tribunal de Justiça na busca por uma compensação maior, discordando do veredicto atual. O conflito judicial é complexo e envolve um emaranhado de questões contratuais relacionadas à aquisição dos direitos econômicos de Dedé em 2013.
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Razões por Trás da Ação Judicial
A disputa judicial surgiu da rescisão do contrato de Dedé, motivada por atrasos nos salários e no FGTS. Após várias tentativas de notificar extrajudicialmente o Cruzeiro, os investidores recorreram ao sistema judicial para garantir seus direitos. A falta de resposta do clube impulsionou a busca por uma solução judicial.
Vale ressaltar que Dedé e seus representantes não estão diretamente envolvidos na ação, que é promovida exclusivamente pelo grupo de investidores com interesse financeiro nos direitos econômicos do jogador desde 2013, quando foi transferido do Vasco para o Cruzeiro.
Distribuição dos Direitos Econômicos de Dedé
Ao ser contratado pelo Cruzeiro, os direitos econômicos de Dedé tinham uma estrutura complexa: o Grupo D.I.S possuía 51,91%; a GT Sports tinha 6,5%; Marcos Vinícius Secundino, 30,5%; e Giscard Salton, 11,09%, posteriormente transferidos para a EAS Agência de Atletas. Originalmente, logo após a transferência do Vasco, o Grupo D.I.S detinha 97% e o Villa Rio 3%. Essa complexidade é comum no futebol, sobretudo quando há múltiplos investidores envolvidos, resultando frequentemente em disputas judiciais como essa.
Perspectivas para os Envolvidos
Embora o Tribunal de Justiça tenha emitido uma decisão, os investidores pretendem avançar para instâncias superiores a fim de reivindicar valores que consideram devidos por seus direitos econômicos. Para o Cruzeiro, o acórdão de segunda instância representa um desafio financeiro adicional, agravando a já complicada situação econômica e administrativa do clube nos últimos tempos.