Kylian Mbappé denunciou PSG por assédio moral e uma investigação judicial foi iniciada na última terça-feira, dia 24. O anúncio foi feito na tarde dessa quinta-feira, dia 26, pelo Ministério Público de Paris.

O craque francês denunciou o ex-clube por assédio no momento de renovar o contrato, antes de sua saída para o Real Madrid, segundo o Jornal L’Equipe, da França.

Mbappé apresentou uma queixa em Paris em 16 de maio por assédio moral e tentativa de extorsão, denunciando em particular sua colocação no “loft” do PSG no verão de 2023.

Além do aspecto criminal, Mbappé também está em disputa financeira com o PSG. Ele exige o pagamento de 55 milhões de euros (cerca de R$ 330 milhões) referentes a salários e bônus em atraso. 

O que seria o “Loft”

Loft é uma pratica recorrente em momentos próximos a uma possível renovação de contrato. Consiste em afastar dos treinos e jogos com a equipe principal os atletas que não queiram renovar, para assim forçá-los a aceitar uma oferta de renovação ou acelerar uma saída com uma venda.

Em janeiro de 2024, o Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol apresentou uma queixa contra uma pessoa desconhecida, acusando os vários clubes que criam esses “lofts” de assédio moral e extorsão para afastar deliberadamente certos jogadores.

Segundo o sindicato, o intuito é “maximizar os preços das transferências“. Na época da polêmica com Mbappé, o PSG queria evitar que sua principal estrela saísse a custo zero para o Real Madrid. O jogador acabou retornando ao time. 

Um caso similar aconteceu no PSG feminino, quando Kheira Hamraoui abriu uma denúncia em maio pelo mesmo motivo.

A atleta, que agora joga pelo Al-Shabab, da Arábia Saudita, alega que o PSG a afastou após sua recuperação para incentivá-la a sair, de acordo com uma fonte próxima ao caso. O PSG não é o único clube alvo de acusações.