Guia PLACAR do Supermundial traz os destaques e histórico de PSG, Atlético de Madrid e Seattle Sounders, que formam o grupo B, ao lado do Glorioso
Texto adaptado do Guia PLACAR do Supermundial
Grupo da Morte. Assim vem sendo chamado a chave do Mundial de Clubes da Fifa nos Estados Unidos, que tem o campeão da Champions League (PSG), o último vencedor da Libertadores, o Botafogo, além do forte Atlético de Madrid e do anfitrião Seattle Sounders.
O Grupo B é mais um grande desafio para o Botafogo, que em sua estreia em Mundiais foi surpreendido pelo Pachuca, do México, ainda nas quartas de final do Intercontinental 2024, por 3 a 0.
Embalado pelo inédito título europeu, o PSG larga, em tese, como favorito não apenas da chave, mas de toda a competição. O Fogão, por sua vez, estreia justamente com o adversário mais acessível, o Seattle Sounders, e espera largar bem na disputa.
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Confira, abaixo, os destaques dos adversários do do Botafogo no Mundial de Clubes:
“C’est une belle époque” (É uma bela época, em tradução do francês). A frase usada pelos parisienses para descrever o período feliz vivido entre 1871 e 1914, marcado por avanços tecnológicos e crescimento cultural, pode tranquilamente ser repetida na Cidade Luz agora, graças ao futebol.
O PSG chega ao Mundial vivendo o auge incontestável de sua história de quase 55 anos. Campeão pela primeira vez da Champions, com direito a um atropelo de 5 a 0 sobre a Inter de Milão na final, e de todo o resto que disputou – Supercopa, Ligue 1 e Copa da França –, a confiança não poderia ser mais alta.
Curiosamente, foi no modo low profile que o clube chegou ao ápice, já que não conta mais com megaestrelas como Neymar, Messi e Mbappé, ou qualquer outro investimento badalado trazido pelo xeque catari Nasser Al-Khelaifi. Mas não, os investimentos não cessaram. Foram gastos quase 700 milhões de euros em atletas nas últimas duas temporadas, mas com uma drástica mudança na política de contratação.
Potencializados pelo trabalho de Luis Enrique, que vai para sua terceira temporada no comando do clube, nomes como Ousmane Dembélé, Gigi Donnarumma, o capitão Marquinhos e Achraf Hakimi se tornaram os novos pilares, mostrando efetividade de sobra e pouca grife. Só Dembélé, candidato à Bola de Ouro, fez 33 gols e deu 14 assistências, enquanto Donnarumma finalmente se firmou com regularidade e defesas
espetaculares.
Jovens como João Neves, Désiré Doué e Willian Pacho também ganharam espaço e protagonismo. O primeiro virou o dono do meio-campo, enquanto Doué já é comparado a Neymar e foi herói na Champions. Ambos têm apenas 20 anos.
O meio-campista Vitinha, de 25, é outra referência. Agora o bilionário projeto francês vai em busca de mais um título inédito – e com uma novidade: é o time a ser batido.
O otimismo do jornal espanhol Marca ao se referir ao Atlético de Madrid como um dos candidatos ao título tem uma explicação: a enorme dificuldade causada pelos colchoneros a Barcelona e Real Madrid na temporada. É verdade que o time dirigido desde 2011 pelo ídolo Diego Simeone passou novamente em branco nas conquistas, mas foi, como de costume, um osso duro de roer.
Eliminado nas oitavas da Champions pelo Real, só se despediu nos pênaltis. Também vendeu caro ao Barça a eliminação na semi da Copa do Rei: 1 a 0 na decisiva partida, depois de empatar por 4 a 4 no primeiro jogo. Nos confrontos diretos por LaLiga, dois empates com os rivais da capital e uma vitória e uma derrota diante dos catalães.
Terceiro colocado no Espanhol, o Atleti tem a cara de seu conhecido mentor: jamais se rende. O clube provou ter feito apostas acertadas nas contratações, especialmente a mais cara delas: Julián Álvarez, ex Manchester City, que encontrou com o chefe compatriota o protagonismo que tanto queria. Oblak, Giménez, Koke e os campeões mundiais por suas seleções De Paul e Griezmann são outros nomes de hierarquia.
Sem conquistar um título desde LaLiga de 2021, o Atleti quer seguir provando que nada é impossível para Simeone e os seus comandados. A meta é repetir o feito de 1974, quando foi campeão mundial ao bater o Independiente, da Argentina – na ocasião, o Bayern de Munique se recusou a participar da Copa Intercontinental e cedeu seu lugar ao vice-campeão europeu.
Como se não bastasse ter de enfrentar PSG e Atlético de Madrid, o Botafogo será recebido por um anfitrião perigoso. O Seattle Sounders tem bons valores, além da torcida mais atuante e barulhenta do futebol nos Estados Unidos – e que se fará presente, já que a equipe jogará todas as partidas da primeira fase em casa, no Estádio Lumen Field. O escudo que destaca o Space Needle, famoso ponto de observação da cidade, carrega certa tradição.
O clube estreou na extinta NASL em 1974, um ano antes da chegada de Pelé ao NY Cosmos, e foi refundado em 2007 para competir na MLS. Logo obteve grandes resultados, como os títulos nacionais de 2016 e 2019 e, sobretudo, a Champions League da Concacaf de 2022, quebrando uma seca de 22 anos das equipes americanas.
Este será seu segundo Mundial. Há três anos, o Seattle perdeu para o Al-Ahly, do Egito, por 1 a 0, na segunda fase. O volante brasileiro João Paulo, de 34 anos, que defendeu o Botafogo entre 2017 e 2021, reencontrará o Glorioso na estreia. Outro veterano da equipe é o goleiro suíço Stefan Frei, capitão e ídolo do clube em que atua há 12 temporadas. O destaque do time é o eslovaco Albert Rusnák, líder de gols (sete) e assistências (três) nos primeiros 14 jogos da temporada.
O atacante de origem colombiana Jesús Ferreira foi a contratação badalada para 2025, vindo do FC Dallas, enquanto o camisa 10 argentino Pedro de La Vega é outro nome para ficar de olho. A classificação é improvável, mas a festa é garantida.