O Stade Brestois confia na melhor defesa do Campeonato Francês para chegar pela primeira vez à Champions League; conheça a história do clube
São quase 74 anos de história e apenas um título, de pouca expressão (uma segunda divisão da França). Mas o Stade Brestois, um modesto clube localizado na cidade de Brest, vem dando o que falar na atual temporada do futebol europeu. É o vice-líder da Ligue 1, atrás apenas do bilionário Paris Saint-Germain (PSG), e, a seis jogos do fim do campeonato, está próximo de garantir uma inédita vaga na Liga dos Campeões.
O Brest, como é conhecido, soma 50 pontos em 27 rodadas do Campeonato Francês, com 14 vitórias, 8 empates e 5 derrotas. Apesar de balançar pouco as redes (37 vezes), a equipe comandada por Éric Roy, de 56 anos, se caracteriza por um forte desempenho defensivo, tendo sofrido apenas 20 gols no campeonato, o que os posiciona como a melhor defesa da liga.
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— Stade Brestois 29 (@SB29) March 31, 2024
Fundado em 1950 – através da junção de outros cinco clubes – na cidade portuária com apenas 140 000 habitantes, o Stade Brestois passou por graves dificuldades financeiras no fim do século passado. Teve sua falência decretada em 1991, quando reiniciou suas atividades na terceira divisão francesa. Em 1997, chegou a disputar torneios de futebol amador.
A medida que foi se reorganizando, o time escalou as divisões nacionais. Em 2004, chegou à Ligue 2, a segunda divisão, comandada por um jovem talento: o ponta Franck Ribéry, que anos depois chegaria à seleção francesa. O retorno à primeira divisão se deu em 2009/10, mas quatro anos depois o Brest voltou a ser rebaixado.
A consolidação dos Piratas — como são chamados, pois a cidade de Brest foi utilizada como fortaleza para segurar os ataques de saqueadores e ganhou fama durante as grandes expedições francesas nos séculos passados — veio na temporada 2018/19, quando obteve o acesso via segunda colocação da Ligue 2. O Brest nunca mais caiu e hoje desafia potências da França.
Brendan Chardonnet, que acompanha a equipe desde a segunda divisão, é capitão da melhor zaga da Ligue 1 – Foto: Reprodução/Instagram
A equipe manda seus jogos no Le Blé, com capacidade para apenas 15 000 pessoas e busca melhorar seu retrospecto na primeira divisão. Até aqui, desde que voltou da Ligue 2 só conseguiu ficar em 11º, na temporada 21/22. A melhor colocação do clube na história da primeira divisão é um 8º lugar, em 1986/87.
O Brest tem como principal jogador o francês Romain Del Castillo. Meia de 28 anos, ele soma, entre bolas na rede e assistências, 11 participações em gol na temporada, e é o líder do time em ambos os quesitos (6G e 5A).
Os destaques da equipe, no entanto, estão na defesa. Brendan Chardonnet, capitão da equipe, acompanha o crescimento do Brest desde a segunda divisão francesa e, ao lado de seu companheiro de defesa Lilian Brassier, forma a zaga menos vazada do campeonato até aqui.
Del Castillo comemora gol pelo Brest – Foto: Reprodução/Instagram
O clube não é conhecido por ter tido tantos brasileiros. Recentemente, Jean Lucas, com passagem por Flamengo e Santos e hoje no Bahia, se transferiu ao Stade Brestois após ter poucas chances no Lyon, quando foi contratado por 8 milhões de euros vindo da equipe do litoral paulista.
Além do meia, os zagueiro Luciano Castán, que hoje joga pelo Sport e o também defensor Eduardo Oliveira, já aposentado, são os únicos dois brasileiros que passaram pela equipe no século 21, de acordo com dados da plataforma Transfermarkt.
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Os Stade Brestois volta a campo no próximo sábado, 7, para enfrentar, em casa, a equipe do Metz, que se encontra na 17ª colocação e, correndo risco rebaixamento, precisa vencer para se aproximar da primeira equipe fora da zona.
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