Os clubes espanhóis têm se destacado cada vez mais em competições europeias. Parte desde sucesso tem relação com uma medida que acontece fora dos campos e ajuda a fortalecer os times, tornando-os mais saudáveis: o controle financeiro de LaLiga. As regras implicam em limite salarial e influenciam diretamente na postura dos times no mercado de transferências e manutenção de jogadores.

PLACAR te explica como funciona o controle financeiro, todas as regras, como o Real Madrid gasta tanto dinheiro, e como o Barcelona conseguiu mesmo assim entrar um uma bilionária crise.

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Como funciona o controle financeiro de LaLiga

O controle financeiro dos clubes entrou em pauta e passou a ser relevante no Campeonato Espanhol a partir de 2013. As medidas foram autoimpostas pelos próprios clubes para evitar dívidas insustentáveis, doping financeiro e crises.

Ponto fundamental do controle financeiro se chama Limite de Custo do Elenco (LCE) ao passo que, nada mais é o limite de cada clube em gastos com o seu elenco, influenciando diretamente na contratação ou mesmo manutenção de jogadores. Esse limite é definido por uma conta simples: receitas orçamentadas menos despesas não esportivas orçamentadas, sobretudo considerando pagamento de dívidas da temporada.

Um segundo ponto do LCE é o Órgão de Validação, formado por especialistas independentes de LaLiga. Em princípio, estes analisam e fornecem relatórios garantindo que toda e qualquer contratação esteja de acordo com o limite financeiro.

Como gigantes como o Real Madrid gastam mais?

O controle financeiro permite contratações acima do LCE utilizando parte do Patrimônio Líquido, mas somente se ele não ficar abaixo do patamar “aceitável” entre os indicadores financeiros estabelecidos. Esse é um recurso disponível apenas para clubes financeiramente estáveis e com poupança disponível. No entanto, o recurso também é válido para clubes com dívidas reestruturadas e quitadas em pelo menos 75%.

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