Vice-campeã da Eurocopa em 2020/21, a Inglaterra venceu a seleção holandesa por 2 a 1 nesta quarta-feira, 10, e se classificou pela segunda vez seguida para a final do torneio. Embora a classificação por si só já valha muito, para Gareth Southgate, treinador do time, só a taça importa — e, se vier, terá sabor de vingança.

‎Siga o canal PLACAR no WhatsApp e fique por dentro das últimas notícias

Das seleções consideradas importantes, a Inglaterra é única que não possui a conquista da Euro. Até hoje, a única taça relevante foi a Copa do Mundo de 1966, em casa. É por isso que a torcida dos inventores do futebol se entusiasma, ao som de “Football is coming home” (O futebol está chegando em casa), uma canção que, no entanto, remete ao maior pesadelo de Southgate.

Além de sofrer a derrota na última decisão, Southgate foi protagonista da eliminação dos ingleses em 1996, ao errar o pênalti decisivo na semifinal contra a Alemanha, no mesmo estádio de Wembley, para mais de 75.000 pessoas. Na ocasião, a Euro era embalada pela canção Three Lions, da banda Lightning Seeds, cujo refrão Football is comig home, voltou a ecoar desde a campanha do quarto lugar na Copa de 2018.

O técnico era apenas um jovem zagueiro de 25 anos quando teve a responsabilidade de bater o sexto pênalti inglês da disputa. O então defensor parou no goleiro Kopke, que fez a defesa antes de Andreas Möller classificar a Alemanha, que viria a ser campeã em cima da República Checa. Agora, justamente em solo alemão, Southgate pode obter sua revanche na decisão do próximo dia 14, diante da Espanha.

A carreira do defensor ficou marcada por aquele erro. Dono de poucos títulos (uma segunda divisão com o Crystal Palace (1993/94) e duas Copas da Liga, em 1995/96 com o Aston Villa e em 2003/04 com o Middlesbrough), o possível título em 2024 seria a “lavada de alma” necessária para que treinador, que convive com esse fantasma há 28 anos.

Southgate chegou a se manifestar sobre o ocorrido, em entrevista coletiva durante a Eurocopa 2020/21, mas garantiu que o importante é o futuro: “Não importa o que aconteceu comigo, o que importa são os jogadores de agora, a comissão técnica e o país”, comentou o treinador antes da classificação contra a Dinamarca, na semifinal.