Jogadores se manifestam após classificação suada na Sul-Americana e tentam apaziguar bastidores tumultuados no Atlético Mineiro
Depois da classificação dramática do Atlético Mineiro nos pênaltis sobre o Atlético Bucaramanga, pelos playoffs da Copa Sul-Americana, os principais nomes envolvidos na crise interna do clube se pronunciaram. Entre desentendimentos nas redes sociais, vaias da torcida e cobranças por salários atrasados, Gustavo Scarpa, Rony, Lyanco e Hulk falaram sobre os bastidores da crise no Galo.
Scarpa foi um dos mais vaiados na Arena MRV e admitiu o mal-estar com Lyanco, causado por publicações enigmáticas nas redes e esclareceu a situação na zona mista. “Nos resolvemos no dia seguinte. Foi um mal-entendido. Ele postou algo, entendi de um jeito, me posicionei e pronto. Nossos filhos fazem aula juntos. Está tudo certo”, disse o camisa 10, que também confirmou a cobrança extrajudicial ao clube por direitos atrasados e citou o “trauma” do caso de criptomoedas ao justificar.
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“No dia seguinte, a gente já tinha se resolvido, já estava tudo certo. O barulho acabou sendo maior do que realmente precisava, do que realmente foi. A gente se resolveu. Parti em defesa do que eu acreditava ser o certo. E está tudo resolvido. É meio clichê, mas realmente está tudo certo”, finalizou o meia, que se tornou alvo da torcida especialmente após desperdiçar sua cobrança na disputa de pênaltis.
Lyanco, aplaudido pela torcida, também minimizou o atrito com o companheiro, em entrevista na zona mista da Arena MRV. “A gente tem que ser homem, da mesma forma que cada um tem sua forma de pensar, de debater, de postar, de responder, também tem que ser homem de entender e que acabou. No relacionamento é assim, às vezes tem uma discussão, uma briga, mas aquilo ali te fortalece depois.”
O zagueiro também citou com otimismo a partida, apesar da derrota no tempo normal. “Acho que esse jogo veio no momento certo pela semana que a gente teve. Acho que é muito difícil falar de virada de chave em jogos, competições, porque o futebol é maluco, mas a virada de chave para o grupo acredito que veio sim.”
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Rony, que entrou na Justiça e chegou a pedir rescisão contratual, voltou atrás após conversa com a diretoria e o técnico Cuca. Após a partida, negou proposta da Arábia e disse estar comprometido: “Não foi um pedido de rescisão, foi só para resolver alguns direitos. Está tudo certo. Se fosse por proposta, não teríamos entrado em acordo. Estou aqui porque amo essa camisa”.
Já Hulk, também poupado pela torcida e um dos maiores ídolos da história do clube, evitou polêmicas sobre a crise no Galo, mas reconheceu os atrasos e preferiu se concentrar no futebol, falando à Espn. “Prefiro não falar muito em público. O importante é focar no campo. Os contratos são individuais. Acredito que os problemas foram solucionados e agora é buscar resultados positivos”.
Nos últimos dias, Rubens Menin, um dos proprietários do clube, esteve com o elenco e prometeu quitar as dívidas com os jogadores até o fim da próxima semana. Ao deixar o estádio após a classificação, o empresário também vaiado pelas arquibancadas do estádio resumiu a noite: “Foi bom demais”.
Rony desistiu de rescindir com o Galo – Pedro Souza / Atlético-MG
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