Análise: quem foi bem e quem foi mal na Data Fifa da seleção brasileira
Em partidas com pontos altos e baixos, Brasil venceu seus compromissos contra Chile e Peru pelas Eliminatórias e aliviou pressão; confira os destaques
A seleção brasileira encerrou a Data Fifa de outubro com 100% de aproveitamento. Após vencer o Chile, fora de casa, e o Peru, em casa, o Brasil respirou nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, em atuações que contaram com altos e baixos.
Depois de uma virada contra a seleção chilena, sem muito brilho, Dorival Júnior mudou o time para encarar o time peruano. E mesmo depois de um primeiro tempo com rendimento abaixo, a atuação encaixou na etapa final, terminando em goleada.
Quem rendeu
Luiz Henrique
Entre os principais destaques, o grande nome foi Luiz Henrique. Reserva nas duas partidas, o atacante do Botafogo marcou o gol da virada contra o Chile e anotou uma assistência e um tento contra o Peru.
Ao todo, foram 50 minutos em campo, o que representa a média de uma participação em gol a cada 16,6 minutos. Além disso, Luiz Henrique terminou as participações nas partidas com sete duelos (de 12) ganhos, segundo o Sofascore.
Igor Jesus
Também do Botafogo, o centroavante terminou a Data Fifa com moral na seleção brasileira. Escolhido por Dorival Júnior como titular, ele desbancou a joia Endrick, do Real Madrid.
Autor do gol de empate contra o Chile, Igor Jesus foi a referência no ataque. Na segunda partida, contra o Peru, foi sua briga com a defesa peruana que causou o pênalti, que culminou no gol de Raphinha, abrindo o placar na etapa inicial. Ele também assistiu o quarto tento da goleada.
Abner
O lateral-esquerdo estreou na seleção e deu conta do recado. Forte no ataque e seguro na defesa, o jogador do Lyon surgiu como uma opção para um setor repleto de incertezas.
Nas duas partidas, Abner somou 183 minutos, sendo substituído apenas contra o Peru, já na reta final. O defensor desarmou oito vezes e entregou ofensivamente, sendo o lateral mais solto do esquema de Dorival Júnior.
Quem não rendeu
Rodrygo
O camisa 10 da seleção brasileira segue sem entregar o mesmo futebol que pratica no Real Madrid. Desta vez, o jogador ainda atuou partindo da esquerda, cumprindo sua função preferida.
Rodrygo, no entanto, não brilhou em nenhum dos jogos. Na goleada sobre o Peru, não conseguiu ser o homem de ligação, segurando muito a bola e foi substituído por Andreas Pereira, que balançou a rede logo em seu primeiro lance.
Danilo
O capitão da atual geração terminou mais uma Data Fifa em baixa. Utilizado como zagueiro em sua última temporada na Juventus e reserva nos últimos jogos do time de Turim, Danilo parecia incontestável na pentacampeã do mundo.
Porém, após mais uma atuação abaixo contra o Chile, Dorival Júnior decidiu sacar o experiente jogador. Diante do Peru, Vanderson, seu substituto, deu conta do recado e deu à torcida a esperança de contar com um atleta menos burocrático na posição.
Lucas Paquetá
Mesmo com bom rendimento no West Ham, o meia ainda não empolgou na seleção brasileira. Titular do último ciclo e uma das referências do atual caminho para a Copa do Mundo de 2026, Paquetá está longe de ser unanimidade.
Segundo homem do meio-campo contra o Chile, passou longe de brilhar. Paquetá não entregou nenhum passe para finalização, teve 50% de acerto nas bolas longas e perdeu 80% dos duelos, além de ter sofrido um cartão amarelo, o que o suspendeu do duelo contra a seleção peruana.