A final da Copa do Brasil entre Corinthians e Vasco da Gama tem início na próxima quarta-feira, 17, na Neo Química Arena. O duelo ganha um capítulo especial ao colocar frente a frente Dorival Júnior e Fernando Diniz, dois técnicos campeões que recém foram campeões da Libertadores por rivais cariocas e chegaram à seleção brasileira no ciclo pré-Carlo Ancelotti.
Diniz e Dorival: campeões e interinos
O trabalho histórico de Fernando Diniz no Fluminense o coroou campeão inédito da Libertadores em 2023. No mesmo ano, em meio a crise, a CBF confirmou Diniz como técnico da seleção brasileira. O treinador precisou conciliar o final de temporada entre Flu e Brasil, em situação que não deu certo.
Foram cerca de seis meses na seleção brasileira, com seis jogos disputados e apenas duas vitórias, além de um empate e três derrotas.
Enquanto isso, Dorival já vinha de uma boa sequência de trabalhos. Campeão da Libertadores em 2022 com o Flamengo, desligado do clube em decisão polêmica, o técnico assumiu o São Paulo e conquistou o título inédito tricolor da Copa do Brasil em 2023.
Foi nessa esteira que Dorival Júnior herdou justamente a cadeira de Diniz na seleção brasileira. No entanto, em pouco mais de um ano, o trabalho também não andou. Foram 16 jogos, com sete derrotas, seis empates e três derrotas.
Valorização do técnico brasileiro
Após a classificação do Corinthians, Dorival Júnior praticamente desabafou sobre o mercado de técnicos no futebol brasileiro e a desvalorização dos técnicos locais. O treinador usou Filipe Luís como exemplo de sucesso e a própria final da Copa do Brasil entre dois técnicos brasileiros.
“Estamos sendo desrespeitados em todos os aspectos e todos os sentidos. Mais uma vez finalizamos o ano tendo o Filipe Luís campeão da Libertadores e Brasileiro e no mínimo um treinador brasileiro nas finais de uma competição tão importante como a Copa do Brasil”, disse.
“Que nos respeitem um pouco mais. Que os treinadores sejam um pouco mais observados, analisados, porque temos capacidade, qualidades, como os profissionais que aqui estão. Não quero que façam comparação em sentido nenhum, tenho respeito por todos os profissionais de fora que estão no nosso país, acho a integração muito importante, mas espero um respeito um pouco maior da imprensa brasileira de modo geral”.
Dorival ainda completou: “Não tenho conflito com ninguém, mas isto é lamentável, lamentável porque estamos perdendo muitos profissionais, muitos ficam pelo caminho desnecessariamente. São pessoas que estão se preparando, buscando espaço, espero que voltemos a acreditar um pouco mais no profissional brasileiro”.





