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O que diz música racista cantada por atletas da Argentina

Canção preconceituosa foi entoada durante a comemoração do título da Copa América e "vazou" por meio de live do volante Enzo Fernández

Os jogadores da Argentina cantaram uma música de teor racista, xenófobo e transfóbico durante celebração a conquista do título da Copa América. No ônibus da seleção, o volante Enzo Fernández fazia uma live no Instagram, mas encerrou a transmissão justamente durante o cântico.

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Essa música já havia se destacado negativamente durante a Copa do Mundo de 2022, entoada por torcedores. Depois de se tornar bicampeã da Copa América, os atletas embarcaram na canção que zomba a ascendência africana de jogadores franceses.

“Eles jogam pela França
mas são de Angola
que bom que eles vão correr
se relacionam com transexuais
a mãe deles é nigeriana
o pai deles cambojano
mas no passaporte: francês”

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Vale lembrar que do elenco da França vice-campeão mundial em 2022, apenas três atletas não nasceram em solo francês: Steve Mandanda, nascido no Congo (então zaire), Eduardo Camavinga (Angola) e Marcus Thuram (Itália, onde seu pai Liliam atuava). Mandanda e Camavinga foram ainda crianças para França.

O preconceito contra os franceses com raízes estrangeiras tem como vítimas apenas os atletas pretos, visto que os irmãos Hernandez (Theo e Lucas) têm ascendência espanhola e Antoine Griezmann tem ascendência portuguesa, e jamais são incluídos neste debate.

Ídolos locais como Kylian Mbappé e N’Golo Kanté nasceram em Paris e são filhos de imigrantes africanos. São, portanto, franceses, da mesma forma que Lionel Messi Cuccittini é argentino de nascimento, com ascendência italiana.

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Federação francesa se manifesta

A Federação Francesa de Futebol solicitou explicações à Federação Argentina e à Fifa sobre a música cantada pelos jogadores. A notícia, divulgada inicialmente pelo jornal AFP, informa que a entidade da França buscará outras medidas.

A ministra dos Esportes da França, Amélie Oudea-Castera, também se manifestou contra o episódio nas redes sociais, exigindo uma ação da organização mundial. Por outro lado, nenhum dos atletas argentinos que participaram do ato preconceituoso falou sobre o caso até o momento.

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