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Os ineditismos da seleção brasileira que vai à Copa feminina 2023

Pequenos (e importantes) avanços que o atual time do Brasil consegue às vésperas do Mundial da Austrália e Nova Zelândia

O registro dessa foto é histórico, afinal de contas foi a primeira vez que houve uma convocação de Copa do Mundo envolvendo seleção brasileira realizada por mulheres. Na oportunidade, Pia Sundhage, treinadora, e Ana Lorena Marche, gerente de seleções femininas da CBF, foram as responsáveis por transmitir informações importantes a respeito da logística para o mundial, bem como a lista final de atletas.

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“É um legado. Possibilidade de mostrar que, sim, temos mulheres especialistas e elas podem ocupar esses lugares.”, avaliou Ana Lorena, que desde o início de 2022 é um dos nomes fortes da gestão do futebol feminino de seleções.

A delegação que se prepara para viajar para a Austrália na próxima segunda-feira, 3, será a primeira da seleção brasileira feminina a viajar de voo fretado. Uma conquista comemorada internamente pelo impacto positivo que pode causar na preparação do time para a competição.

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“Dessa maneira ganhamos em muitos detalhes importantes. A gente consegue tratar a atleta na individualidade, consegue fazer trabalhos dentro do avião, que num voo comercial a gente não conseguiria. Terão testes cognitivos, por exemplo, e trabalhos para evitar o desgaste.”, explicou a dirigente.

E as novidades não param por aí. O grupo de jogadoras também passa a contar com um Núcleo de Saúde e Performance que já está em atuação para colaborar com o desenvolvimento do trabalho realizado para essa Copa do Mundo.

“A gente tem um núcleo que pensa na saúde da mulher atleta. Temos médicos, fisioterapeutas, psicólogos, que vão pensar em todas as necessidades, como ginecologia, nutrição, sabendo o que elas devem comer, cada uma com as suas particularidades, para que possam tratar a todas de uma maneira diferente e sabendo que são mulheres. Esse núcleo de saúde e performance também pensa em fatores de como minimizar jet lag, melhorar parte física, parte nutricional. É um núcleo fantástico e inédito, não tem nem na masculina ainda.”, celebrou Ana.

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Ao todo, serão 31 profissionais envolvidos na estrutura de retaguarda do Brasil na Oceania, uma delegação com número recorde em Copas. Deles, 17 são mulheres e essa maioria feminina também é inédita.

“Eu acho que essa é a Copa das coisas inéditas. Pela primeira vez a FIFA está dando uma estrutura gigantesca, pela primeira vez a gente vai ter um basecamp, coisa que nunca tinha existido. Então acho que hoje a gente pode falar que é a Copa de maior igualdade, mas a de 2027 vai ser mais, porque teremos a mesma premiação (do masculino).”, Ana Lorena.

A seleção brasileira se apresenta em Brasília, no próximo sábado, para o amistoso diante do Chile, que será realizado no domingo, às 10h30, no Estádio Mané Garrincha. O palco do jogo também vai receber o único treino que o grupo de jogadoras vai realizar antes da partida, sábado, às 16h.

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