Soteldo é ‘indisciplinado taticamente’? Confira análise
Técnico Pedro Caixinha criticou postura do venezuelano na derrota do Santos para o Palmeiras pela terceira rodada do Paulistão
Em seu terceiro jogo oficial no comando do Santos, Pedro Caixinha sofreu sua primeira derrota da temporada, na última quarta-feira, 22, na Vila Belmiro, ao perder de virada para o Palmeiras por 2 a 1. Após o jogo válido pela 3ª rodada do Paulistão, o português desabafou sobre o elenco e teceu críticas táticas a Yeferson Soteldo.
O treinador ressaltou a qualidade do venezuelano em sua fala durante a entrevista coletiva. Contudo, pontuou “indisciplina tática” no jogador que passou 2024 emprestado ao Grêmio.
“Não há regra no futebol que defina quando mudar nem que um jogador que entra não pode sair. Naquele momento, estávamos desequilibrados no meio de campo. O Soteldo é um ótimo jogador, mas indisciplinado taticamente. Nessas situações, precisamos de soluções no banco para equilibrar o time e manter a criatividade”, desabafou.
Soteldo sem bola
A fala de Caixinha casa com os números de Soteldo, escalado como “meia-atacante” para o clássico contra o Palmeiras. Habilidoso e criativo, o atleta, no entanto, entregou estatísticas pouco expressivas sem a posse.
Na derrota da última quarta-feira, o camisa 7 ficou 90 minutos em campo. Em 60 ações com a bola, foram dois passes que resultaram em finalizações, segundo o Sofascore.
Por outro lado, a taxa de sucesso nos duelos foi de 45,8%. Além disso, ao todo, realizou apenas uma ação defensiva (um corte).
O desempenho vai ao encontro do que ele apresentou no Brasileirão de 2024 pelo Grêmio. Foram 24 partidas, cinco gols e duas assistências, com 48 passes para finalização, mas com 48% de sucesso em duelos e média de apenas uma ação defensiva por jogo.
Em comparação com outros jogadores da mesma função, a queda do rendimento defensivo de Soteldo fica mais clara. Lucas Moura, do São Paulo, por exemplo, no Brasileiro de 2024, entregou 10 gols e seis assistências, teve média de 2,7 ações defensivas.
Rodrigo Garro, do Corinthians, é outro que rendeu 20 participações diretas e 104 passes para finalização, mas teve 52,7% de sucesso nos duelos e média de 2,2 ações defensivas por jogo. Jhon Arias, do Fluminense, é outro que defendeu melhor, com 2,8 ações por paetida.