A rivalidade crescente entre São Paulo e Palmeiras ganhou um novo capítulo no último domingo, 3, no MorumBis. Nem tanto pelo empate na penúltima rodada da fase de grupos do Campeonato Paulista, mas pela confusão causada nos bastidores por conta da entrevista coletiva do técnico Abel Ferreira, que não aconteceu.

Os são-paulinos impediram que a entrevista do técnico visitante fosse realizada na sala de imprensa principal do estádio mesmo com o banner dos patrocinadores palmeirenses já instalados. A justificativa oficial foi a adoção de um mecanismo de reciprocidade que recebe no Allianz Parque.

“O São Paulo Futebol Clube esclarece que, por reciprocidade, disponibilizou a zona mista do MorumBis para a realização de entrevistas da Sociedade Esportiva Palmeiras. A utilização ou não do espaço fica a cargo do clube visitante”, escreveu o São Paulo em sua conta no X, antigo Twitter.

O Palmeiras disse inicialmente que não havia sido informado do uso da zona mista e, depois, não deixaria o seu técnico em pé por cerca de 30 a 40 minutos para responder às perguntas, em meio à saída dos jogadores. Quando passou pela zona mista, Abel foi perguntado pelos jornalistas se não falaria ali mesmo:

“Não nos deixaram falar”, respondeu o treinador palmeirense.

Desde cedo o clima não era dos mais amistosos no estádio, segundo integrantes da comissão técnica do Palmeiras. Assim que o clube chegou no palco da partida, foi colocado um som alto ao lado do vestiário. O clima pegou a todos de surpresa, já que os presidentes Julio Casares e Leila Pereira têm boa relação.