O Corinthians deu um passo decisivo para atenuar sua crise financeira e garantir a possibilidade de reforçar o elenco para a temporada de 2026. Nesta terça-feira, 23, a diretoria do Timão oficializou um acordo com o meio-campista paraguaio Matías Rojas para o pagamento de uma dívida que soma R$ 41,2 milhões. A informação foi inicialmente publicada pelo site ge.

O acerto ocorre em um momento crítico, logo após o clube ser condenado em última instância pela Corte Arbitral do Esporte (CAS) e enfrentar a ameaça iminente de um novo transfer ban – punição imposta pela Fifa que proíbe os clubes de registrar novos jogadores.

O fôlego financeiro para o acordo ocorre em função daa recente conquista da Copa do Brasil, que assegurou ao clube a premiação de R$ 77 milhões. A diretoria destinou boa parte do montante para abater dívidas mais urgentes.

O valor acordado com Rojas refere-se aos salários, direitos de imagem e luvas que o atleta teria a receber até o fim de seu contrato, originalmente previsto para junho de 2027. O paraguaio deixou o clube em março de 2024 de forma unilateral, alegando inadimplência recorrente.

Corinthians vence Vasco e levanta tetra da Copa do Brasil no Maracanã - Alexandre Battibugli/PLACAR

Título da Copa do Brasil sobre o Vasco foi crucual para o acordo com Rojas – Alexandre Battibugli/Placar

A negociação foi conduzida pelo departamento jurídico do Timão junto ao advogado de Rojas, Rafael Botelho. Segundo apuração do Meu Timão, os R$ 41,2 milhões referem-se ao valor atualizado com juros e correções determinado pelo CAS. O pagamento será feito com uma entrada, seguido de parcelas mensais ao longo de 2026. O clube ainda ofereceu garantias bancárias em caso de novos atrasos.

O Timão ainda trabalha para resolver outras pendências internacionais.A diretoria ainda negocia débitos com o Santos Laguna, do México, referente ao zagueiro Félix Torres, e com o Talleres, da Argentina, pela compra de Rodrigo Garro.

Rojas chegou ao Corinthians em julho de 2023 com status de “camisa 10”, mas sua passagem ficou marcada pela baixa produtividade.

Em 30 partidas, o meia não marcou gols e forneceu apenas três assistências. Devido ao alto valor do acordo judicial somado aos salários pagos durante sua permanência, estima-se que cada jogo do paraguaio tenha custado aos cofres do clube cerca de R$ 1,8 milhão.