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‘Ser campeão é fácil. Difícil é ser consistente’, diz Abel em evento de negócios

Técnico do Palmeiras usou futebol como paralelo para expor pensamentos sobre liderança no ambiente corporativo

Os degraus desta vez não levavam para um campo, mas para um imenso palco de um festival de investimentos. Abel Ferreira palestrou nesta sexta-feira, 30, em São Paulo, para uma plateia ávida por conselhos sobre liderança em ambientes corporativos. Sempre tendo o futebol como paralelo, o técnico do Palmeiras disse que ‘ser campeão é fácil; o difícil é ser consistente’.

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Ao lado de Bernardinho, técnico da seleção brasileira masculina de vôlei, com quem ratificou ideias de sucesso, Abel não se sentiu exatamente tão à vontade fora do agasalho que usa à frente do banco de reservas. Ao trocar experiências com o multicampeão olímpico, teceu a conclusão de que o trabalho é uma das chaves para o sucesso para delírio dos palmeirenses presentes com camisas para serem autografadas:

Ser campeão é fácil. O difícil é o caminho e, nesse caminho, ser consistente”, disse o treinador palmeirense diante de 8 mil  ouvintes na plenária principal da Expert XP. “Quero só a melhor versão de cada um. Não tenho que me comparar com o [Pep] Guardiola ou com o Bernardinho. Tenho que saber qual é a minha melhor versão e fazer com que ela seja a mais consistente possível.”

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Abel Ferreira, Bernardinho, Expert XP,
Bernardinho e Abel Ferreira trocam ideias no palco de evento para investidores em São Paulo  – PLACAR

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Sob desconfiança, com trabalhos nada marcantes no Braga e no Paok, o português chegou ao Palmeiras em outubro de 2020. Desde então, conquistou a Libertadores (2020 e 2021), a Copa do Brasil (2020), a Recopa Sul-Americana (2022), o Paulista (2022, 2023 e 2024), o Brasileiro (2022 e 2023) e a Supercopa do Brasil (2023).

No Brasileirão, o alviverde tem a chance de conquistar o tricampeonato, feito conseguido pelo São Paulo de Muricy Ramalho entre 2006 e 2008. A equipe é a terceira colocada da competição, quatro pontos a mais e um jogo a menos em relação ao líder Fortaleza. As eliminações recentes na Copa do Brasil (Flamengo) e na Libertadores (Botafogo) acenderam uma luz amarela nos mais críticos ao seu trabalho. O contrato do treinador é até dezembro de 2025.

Para a reta final da temporada, o treinador aposta em mais momentos de pressão, mas entende que são esses os mais desafiadores. Mais do que isso, entende que seu time tem que confiar no trabalho para executar o plano ideal mesmo nos momentos mais quentes de uma partida.

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“Não é agora em um momento decisivo que vamos encontrar a fórmula mágica, que vamos fazer o que nunca fizemos. É nos momentos decisivos que temos que fazer o que sempre fazemos. Não sei se vou ganhar ou perder. O resultado toma conta dele mesmo. Então, eu e meus jogadores podemos tomar conta do que eu controlo, da minha tarefa, do que eu tenho que fazer no meu trabalho. O que conta no final são os resultados”, disse Abel.

Bate-bola entre Bernardinho e Abel

Dono de quatro medalhas olímpicas entre Atenas 2004 e a Rio 2016 (dois ouros e duas pratas), Bernardinho compartilhou da pressão que o colega sente por resultados.

“A única pressão que ele vive é pela expectativa pelo que ele mesmo criou. Para que o time dele jogue como já jogou, conquiste os títulos que já conquistou”, disse Bernardinho que pediu licença para comentar um momento em que não gosta no futebol.

“Sinto uma raiva danada quando o jogador faz o gol e mostra o próprio nome na camisa. Se fosse técnico dele, teria vontade de pedir substituição. O esporte é coletivo e é preciso se despir de vaidades. Gosto quando o jogador faz o gol e corre em direção aos companheiros”, completou.

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