Na zona de rebaixamento do Brasileirão, o Santos busca um novo treinador após a demissão de Pedro Caixinha e, com as recusas iniciais de Tite e Dorival Júnior, o favorito do momento é Jorge Sampaoli. O argentino deixou boa impressão na passagem pelo Peixe em 2019.
O argentino de 65 anos está livre no mercado desde janeiro, quando deixou o Rennes, da França, com apenas dez jogos (e 30% de aproveitamento). Antes, o treinador acumulou passagens igualmente frustrantes por Flamengo e Sevilla.
Sampaoli tem residência em Búzios (RJ) e vê com bons olhos um retorno ao Brasil. Além do Peixe, ele dirigiu o Atlético-MG, pelo qual conquistou seu único título no país, o Campeonato Mineiro de 2020. Pelo Santos, porém, ele fez seu trabalho mais elogiado em solo nacional.
Como foi a primeira passagem de Sampaoli pelo Santos
Sampaoli assumiu o Santos em 2019 depois de um trabalho desastroso pela seleção argentina na Copa do Mundo de 2018 na Rússia. A equipe vinha abalada pela saída de peças importantes como Bruno Henrique e Gabigol (Flamengo) e posteriormente Rodrygo (Real Madrid), e, já sob seu comando, sofreu eliminações dolorosas, contra o Corinthians, na semifinal do Paulista, e diante do Atlético-MG, nas oitavas da Copa do Brasil.
No entanto, Sampaoli conseguiu dar padrão ao time santista, que terminaria como vice-campeão brasileiro de forma surpreendente, atrás apenas do Flamengo de Jorge Jesus, com 74 pontos (16 a menos que o Rubro-Negro). Na época, o DNA ofensivo e a valorização da posse de bola (marcada pela expressão Amor pelo Balón) foi amplamente celebrado pela torcida santista.
A relação com os as crianças que subiam na árvore para assistir os treinos e com a população em geral durante seus passeios de bicicleta e partidas de futevôlei na praia foram destaque em perfil escrito por PLACAR sobre o treinador rock and roll do Peixe.
O treinador argentino comandou o Santos em 63 partidas, com 35 vitórias, 13 empates e 15 derrotas, com 102 gols marcados e 55 sofridos. Sua saída, no entanto, foi marcada por um imbróglio judicial. O técnico pediu demissão e moveu um processo contra o clube, que acabaria condenado a pagar R$ 4,4 milhões referentes a férias, 13º, FGTS e premiação pela classificação do Peixe à Libertadores de 2020.





