Corinthians vive processo com Augusto Melo em meio a crise política, mas viu outros rivais viveram situação semelhante
O Corinthians vive neste sábado, 9, um processo importante de votação de impeachment do presidente Augusto Melo. O episódio destaca e reafirma a crise política e financeira do clube. Ainda assim, no entanto, o Timão não é o primeiro e também não deve ser o único a passar por um processo de impeachment. Outras equipes já viveram a mesma situação e PLACAR relembra outros casos.
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Em julho de 2002, o Flamengo viveu um dos momentos mais turbulentos de sua história política. O então presidente Edmundo Santos Silva sofreu um processo de impeachment aprovado de forma esmagadora pelo Conselho Deliberativo do clube, sendo acusado de má gestão financeira e irregularidades administrativas.
O caso ganhou força após denúncias de que a diretoria havia contraído dívidas sem a devida autorização e feito negociações consideradas prejudiciais ao clube. Entre os pontos mais polêmicos estavam contratos questionáveis e a falta de transparência na prestação de contas. Nesse sentido, o cenário agravou-se com a insatisfação de conselheiros e torcedores, que viam a equipe em crise dentro e fora de campo.
O processo culminou em uma votação histórica no Conselho Deliberativo: 530 votos a favor do afastamento e apenas 26 contrários. Com a decisão, Santos Silva perdeu o cargo antes do fim do mandato, abrindo espaço para uma nova administração.
Em outubro de 2015, foi a vez do São Paulo Futebol Clube viver uma crise política sem precedentes. O então presidente Carlos Miguel Aidar, eleito no ano anterior para o seu terceiro mandato não consecutivo, renunciou ao cargo em meio a um processo de impeachment movido por denúncias de corrupção, favorecimento e má conduta administrativa.
As acusações contra Aidar surgiram após revelações de que a diretoria teria participado de esquemas de comissões irregulares em contratos de patrocínio e transferência de jogadores. O caso mais polêmico envolveu a suspeita de pagamento de comissão à então advogada do clube, que mantinha relação próxima com o presidente, em uma negociação com a empresa Under Armour.
Além disso, conselheiros acusaram Aidar de centralizar decisões e prejudicar a transparência nas finanças do clube. A pressão aumentou quando o ex-diretor de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, renunciou ao cargo após um desentendimento físico com o presidente, fato que expôs ainda mais a crise interna.
O Conselho Deliberativo abriu oficialmente o processo de impeachment, mas antes da votação, Aidar apresentou sua renúncia em 13 de outubro de 2015, encerrando de forma conturbada seu mandato.
Carlos Miguel Aidar em exercício pelo São Paulo – Divulgação / SPFC
Em setembro de 2018, o Santos Futebol Clube viveu um momento histórico e turbulento. O então presidente José Carlos Peres, eleito no fim de 2017 com discurso de renovação e transparência, sofreu impeachment após perder apoio político dentro do Conselho Deliberativo.
O processo começou com denúncias de gestão temerária e irregularidades administrativas. Entre as principais acusações estavam a assinatura de contratos sem aprovação do Conselho, a suposta terceirização da gestão do departamento de marketing e falhas na condução das finanças do clube. Conselheiros também reclamavam da falta de diálogo do presidente com as lideranças internas.
Em junho daquele ano, Peres já havia enfrentado uma primeira votação de impeachment, mas conseguiu se manter no cargo. No entanto, a pressão aumentou após a má fase do time no Campeonato Brasileiro e a piora da situação financeira. Em setembro, o Conselho Deliberativo votou novamente e decidiu por afastá-lo definitivamente do cargo, em votação que contou com 1.078 sócios participantes, sendo 1.005 votos a favor do impedimento, 69 contra, além de dois brancos e dois nulos.
Com a decisão, o vice-presidente Orlando Rollo assumiu interinamente até o fim do mandato.
José Carlos Peres como presidente do Santos – Divulgação / Santos
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