Jovens desafiam a 'extinção do 10 clássico', assumindo o número em gigantes europeus; confira as mudanças
O Manchester City anunciou na manhã desta quinta-feira, 14, que o meia-atacante Rayan Cherki será o novo dono da camisa 10 da equipe. Com isso, a temporada 2024/25 começa a marcar um momento simbólico no futebol mundial: uma nova safra de craques com a camisa 10 de alguns dos maiores clubes do planeta.
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Assim como Cherki, Lamine Yamal, Jamal Musiala, Cole Palmer e Kylian Mbappé também assumiram a responsabilidade de vestir um número que, historicamente, foi sinônimo de magia, criatividade e protagonismo.
Carregando o peso de lendas, nesta temporada, cada um desses jovens foi escolhido para manter essa tradição em clubes onde o número já pertenceu a ídolos. Cherki herdou no Manchester City a camisa já utilizada por Sergio Agüero, maior artilheiro da história dos Citizens com 260 gols em 390 partidas e dono de uma estátua no lado leste da parte externa do Ettihad Stadium.
Yamal no Barcelona honrará os números já utilizado por nomes como Lionel Messi, Ronaldinho e Rivaldo, todos melhores do mundo. Musiala no Bayern tem nomes como Arjen Robben e Lothar Matthäus como inspirações. Palmer no Chelsea será o sucessor de Eden Hazard e Joe Cole. Enquato Mbappé, no Real Madrid, herda o número que já teve Luka Modrić e Luis Figo.
A história conta que, em 1958, uma falha da Confederação Brasileira de Desportos (atual Confederação Brasileira de Futebol, hoje CBF) na inscrição dos jogadores para a Copa do Mundo fez com que a camisa 10 caísse, aleatoriamente, nas costas de Pelé. Aos 17 anos, o então prodígio do Santos assombrou o mundo e iniciou a trajetória que eternizou o número. Desde então, a “dez” virou honraria reservada ao craque do time.
Mas o futebol mudou. Hoje, com esquemas mais físicos e organizados, a função do meia-armador clássico foi desaparecendo, e a numeração passou a ser usada por atletas de perfis diferentes. A 10 virou mais simbolo de craque do time do que a função feita em campo.
Na edição de maio deste ano, em reportagem de André Avelar e Guilherme Azevedo, PLACAR explicou as mudanças táticas e culturais que influenciaram em um novo tipo de camisa 10 no futebol brasileiro atual.
Entre os novos donos de 10 na Europa, a realidade também varia. Rayan Cherki, no Manchester City, atua como armador, próximo da função clássica. Cole Palmer, no Chelsea, também desempenha papel de criação e construção ofensiva, sendo um “10” moderno. Jamal Musiala, no Bayern, é mais versátil, unindo drible, visão e chegada à área. Já Lamine Yamal, no Barcelona, é ponta-direita. Enquanto Kylian Mbappé, no Real Madrid, é atacante e ponta, responsável mais pela finalização do que pela armação.
Rayan Cherki – Grealish (Manchester City) – Herdou o número 10 que pertencia ao inglês Jack Grealish, que deixou o clube nesta temporada rumo ao Everton.
Cherki com a camisa 10 do City, herdada pela saída de Grealish – Divulgação/Manchester City
Lamine Yamal – Ansu Fati (Barcelona) – Recebeu a 10 deixada pelo atacante espanhol Ansu Fati, que marcou por não conseguir se consolidar no Barcelona. Foi emprestado ao Monaco.
Ansu Fati vestia a camisa 10 antes de Yamal – EFE/Alejandro García
Jamal Musiala – Leroy Sané (Bayern de Munique) – Assumiu já no Mundial de Clubes o número que pertencia ao alemão Leroy Sané, negociado com o Galatasaray.
Musiala, Sané e Thomas Muller comemoram em partida pelo Bayern
Cole Palmer – Mudryk (Chelsea) – Ficou com a camisa que foi de Mykhailo Mudryk, que atualmente está cumprindo suspensão por doping.
Mykhailo Mudryk atuando com a 10 em Stamford Bridge
Kylian Mbappé – Modrić (Real Madrid) – Herdou a 10 de Luka Modrić, um dos maiores meio-campistas da história, após sua saída ao Milan.
Modrić e Mbappé comemorando a taça da supercopa da Uefa
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