Torcidas entraram em conflito durante partida na terça, em Montevidéu
A Conmebol parece mesmo disposta a mudar a sua tradicional imagem de complacência com a violência nos estádios sul-americanos e anunciou na quinta-feira que decidiu abrir processo disciplinar contra Peñarol e Vélez Sarsfield por causa dos confrontos entre as duas torcidas, na última terça-feira, durante o jogo disputado no Estádio Centenário, em Montevidéu, pelo Grupo 4 da Copa Libertadores. O Velez venceu o jogo por 1 a 0, e durante a partida diversos membros das duas torcidas se enfrentaram na parte das arquibancadas onde havia a separação entre uruguaios e argentinos. Cadeiras, paus e pedras foram arremessados de um lado para outro, deixando sete feridos. Duas pessoas foram presas.
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A Conmebol deu até o próximo dia 4 para que os dois clubes apresentam suas defesas antes do julgamento no recém-criado Tribunal de Disciplina, o mesmo que proibiu a presença de torcedores do Corinthians em todos os jogos da equipe após a morte do torcedor boliviano Kevin Espada, no jogo contra o San José, em Oruro, na Bolívia. O Peñarol pode ser punido como responsável pela segurança dentro do estádio e também pelos atos violentos da sua torcida, enquanto o Vélez, como visitante, foi enquadrado apenas nos artigos que abordam o comportamento dos torcedores.
A pressão para que a Conmebol passe a punir com mais rigidez casos de violência cresceu depois que o Corinthians perdeu o direito de jogar com a presença da sua torcida na Libertadores – decisão que vale por 60 dias e ainda pode ser revertida, já que foi anunciada antes mesmo que o clube apresentasse sua defesa – e o São Paulo perdeu um mando de campo, por causa dos incidentes na final da Copa Sul-Americana do ano passado, contra o Tigre. Os brasileiros, principalmente, cobram que as punições sejam aplicadas para todos.
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(Com Estadão Conteúdo)