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Zidane e Ghiggia: no Brasil, os dois vilões estão ‘em casa’

Na Bahia, os responsáveis pelos dois vices do Brasil em Mundiais mostram espanto com a recepção calorosa no país – e afirmam que foram perdoados

“O que há de mais lindo no futebol é que as pessoas têm respeito e carinho pelos jogadores. Tenho orgulho de ser uruguaio e respeito muito o Brasil. Aqui é como uma segunda casa”, disse Ghiggia

O Brasil foi vice-campeão em duas Copas do Mundo, e os grandes responsáveis por essas derrotas estavam juntos, nesta quinta-feira, num palco montado na Costa do Sauípe, na Bahia. Apesar da história que carregam, Zinedine Zidane e Alcides Ghiggia não mostravam nenhum sinal de desconforto na visita ao país. Pelo contrário: os dois maiores carrascos da história da seleção brasileira ainda se espantam com o tratamento caloroso que recebem quando vêm ao Brasil. Tanto o francês como o uruguaio acham que os brasileiros já perdoaram seus gols nas partidas decisivas das Copas de 1998 e 1950 – e, agora, são acolhidos no país não como vilões, mas como ídolos do futebol.

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“Para mim, o Brasil é como uma segunda casa”, disse Ghiggia, o grande responsável pelo Maracanazo de 50. “Estive há pouco no Rio, onde aconteceu a partida. As pessoas, que apesar de tudo o que aconteceu, me reconheciam, vinham falar comigo, Tenho vontade de voltar sempre, porque é sempre fantástico. E no futebol deve mesmo ser assim: se ganha um dia e se perde no outro”, disse o uruguaio. Por admirar os brasileiros, tanto dentro como fora de campo, Ghiggia disse torcer por uma nova final entre Brasil e Uruguai em 2014. “O que há de mais lindo no futebol é que as pessoas têm respeito e carinho pelos jogadores. Tenho orgulho de ser uruguaio e respeito muito o Brasil. Gostaria muito que fizessem a final. Isso seria maravilhoso.”

Mesmo tendo sido responsável por decepções mais recentes para o torcedor brasileiro – além da final de 1998, foi decisivo na eliminação do Brasil em 2006 -, Zidane também disse ser recebido com carinho e respeito em todas as suas visitas ao país. “A Copa de 1998 é uma das melhores lembranças da minha vida, mas acho que nem por isso os brasileiros me odeiam, já que sempre sou muito bem tratado aqui. O ex-craque francês falou também sobre a experiência de jogar um Mundial em casa – e disse que os atletas da seleção brasileira nunca esquecerão o privilégio de disputar o torneio em seu país. “Não tenho dúvidas de que vencer em meu país em 1998 foi a coisa mais importante da minha carreira. É algo simplesmente extraordinário.”

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