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Vinicius Júnior vai liderar comitê antirracismo da Fifa, diz Infantino

Presidente da entidade que comanda o futebol mundial disse que jogos devem "parar imediatamente" em casos de racismo

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, afirmou à agência Reuters que o brasileiro Vinicius Júnior vai liderar um comitê especial antirracismo da entidade, composto por jogadores que deverão sugerir punições mais severas para casos de discriminação racial em partidas de futebol. O atacante do Real Madrid sofreu em vários jogos da temporada insultos racistas de torcedores adversários em partidas do Campeonato Espanhol e tem chamado atenção para a falta de ações efetivas de La Liga quanto ao tema.

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Infantino conversou com Vinicius nesta quinta-feira, 15, em Barcelona, onde a seleção brasileira se prepara para um amistoso contra a Guiné, no sábado, 17. “Não haverá mais futebol com racismo. Os jogos devem ser paralisados imediatamente. Eu pedi a Vinicius para liderar esse grupo de jogadores que vai apresentar punições mas duras, que serão implementadas pelas autoridades do futebol no mundo todo”, disse o presidente da Fifa.

A liga espanhola registrou ao todo 10 denúncias de insultos racistas dirigidos a Vinicius Júnior em partidas do Campeonato Espanhol. O presidente de La Liga, Javier Tebas, chegou a criticar o brasileiro em redes sociais por “não estar bem informado” quando o jogador exigiu posturas mais firmes da entidade sobre os casos. No último deles, em um jogo contra o Valencia, em maio, a partida ficou paralisada por vários minutos após um coro de parte dos torcedores no estádio Mestalla chamando o brasileiro de “macaco”.

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“Vamos implantar punições muito duras e fortes para acabar com esse problema de uma vez por todas”, prometeu Infantino, dizendo que a Fifa passará a entrar na justiça contra autores de atos racistas.

“Infelizmente, não é um problema que existe só na Espanha. Precisamos que os governos entendam que precisam educar suas crianças na escola, porque é um problema social, além de ser um problema do futebol. Um ato racista é um ato criminoso, e a partir de agora, a Fifa vai tomar ações legais junto às autoridades locais. E não só em casos que aconteçam em estádios, mas também em redes sociais”, completou.

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