Vini Jr. atribui evolução no Real a treinos e equilíbrio contra críticas
Autor de sete gols em 11 jogos pelo clube, atacante vive sua melhor temporada desde a chegada a Espanha; evolução exigiu trabalhos extras de madrugada
Autor de dois gols na goleada por 5 a 0 do Real Madrid diante do Shakhtar Donetsk, na última terça-feira, 19, comparado pela imprensa espanhola a Ronaldo Fenômeno e com a melhor temporada pelo clube espanhol já superada – sete gols em apenas 11 jogos -, o atacante Vinicius Junior atribuiu ao “equilíbrio” o fato de ter atingido o melhor momento da carreira até aqui. Em entrevista à ESPN Brasil, o brasileiro explicou como lidou com críticas e dificuldades.
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“Tem que equilibrar tudo que falam. Escuto muito as pessoas de casa e do clube”, disse o atacante, que contou fazer trabalhos complementares até mesmo de madrugada para aperfeiçoar o rendimento dentro de campo: “e casa sigo trabalhando. Faço fisioterapia depois de chegar de um jogo às 2h da manhã. Alimentação também coordenada”.
Na véspera do clássico com o Barcelona, no próximo domingo, 24, às 11h15 (de Brasília), no Camp Nou, o técnico italiano Carlo Ancelotti elogiou o atual momento vivido pelo camisa 20.
“Não me surpreende. É verdade que ele tem marcado mais gols, o que é melhor, mas a minha percepção era a mesma antes de o conhecer”, afirmou Ancelotti em entrevista à Movistar+.
Aos 21 anos, Vinícius tem deixado para trás a condição de eterna promessa ao longo de sua quarta temporada com a camisa do clube merengue. Na primeira delas, assim que chegou do Flamengo, marcou quatro gols em 31 partidas, além de ter feito atuações pelo Castilla, time B do Real. Distribuiu oito assistências para gols
A ausência de gols é o ponto mais crítico ao jogador. Na última temporada, precisou de 49 jogos para balançar as redes seis vezes, sendo titular em 31 partidas. O jogador era constantemente defendido em entrevistas coletivas pelo antecessor de Ancelotti, o francês Zinedine Zidane.
“É verdade que queremos fazer mais gols. O mais importante é criar ocasiões. Logo, cada jogador pode dar mais. Todos podem dar mais e todos querem melhor os dados de gols. Eu me lembro de que não fazia muitos gols com a qualidade que tinha e eu queria melhorar os dados”, disse Zidane em março deste ano.
Na seleção brasileira o jogador ainda não conseguiu cavar espaço com Tite. Convocado na última Data Fifa, praticamente não foi utilizado e viu o estreante Raphinha, do Leeds, sair como principal sensação.
Na ocasião, o treinador não pôde convocar nomes sempre presentes como Roberto Firmino, do Liverpool, e Richarlison, do Everton, ambos machucados.