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UFC: ano bom para Dana White e duro para os campeões

Jon Jones e Georges St-Pierre quase perderam seus cinturões e Anderson foi nocauteado; torneio realizou 7 noites de lutas no Brasil e cresceu pelo mundo

O ano de 2013 talvez tenha sido o melhor para o UFC desde que o torneio retornou ao território brasileiro. Foram sete eventos, incluindo alguns espalhados por cidades menores como Jaraguá do Sul e Barueri

O UFC terminou o ano de 2012 com a certeza que precisaria melhorar sua programação e, principalmente, contar com um pouco mais de sorte em 2013. A temporada passada contou com imprevistos e inúmeras lesões – e, pela primeira vez na história do torneio, uma noite de lutas foi cancelada. O UFC 151 simplesmente não existiu, pois Dan Henderson avisou que estava machucado em cima da hora e Jon Jones não aceitou lutar contra Chael Sonnen. Em 2013, porém, Dana White e seus sócios conseguiram montar uma temporada espetacular para o UFC, com lutas no Brasil, Austrália, Inglaterra, festa de 20 anos em Las Vegas e prospecção para entrar no mercado de Cingapura e Rússia. Por outro lado, apesar da projeção ainda maior e das excelentes receitas nas noites de lutas, os três atletas mais importantes da franquia não têm tantos motivos para comemorar 2013. Campeões como Jon Jones e Georges St-Pierre tiveram um ano bastante conturbado, com resultados controversos e até afastamento do octógono, no caso do canadense. Sem contar, claro, o maior astro de todos, Anderson Silva, que passou de principal lutador do planeta a ex-campeão que agora precisa provar que ainda pode lutar em alto nível. O Spider tenta voltar a ser o detentor do cinturão dos médios no sábado, em Las Vegas, contra o americano Chris Weidman. O UFC 168 será o último evento do torneio em 2013, e já tem uma bilheteria garantida de 5,3 milhões de dólares – esse é o valor referente apenas aos ingressos vendidos com grande antecedência. A luta será transmitida pela TV Globo, mas com pelo menos 30 minutos de atraso.

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UFC: cinco desafios para os próximos 20 anos do torneio

O ano de 2013 talvez tenha sido o melhor para o UFC desde que o torneio retornou ao território brasileiro. Foram sete eventos, incluindo alguns espalhados por cidades menores como Jaraguá do Sul e Barueri. Os bons resultados serviram para o torneio pensar em fazer mais de uma noite de lutas por mês no Brasil em 2014, mesmo com a realização da Copa do Mundo, entre junho e julho. Mas nem tudo foi motivo de comemoração para os brasileiros. Em julho, Anderson Silva perdeu o cinturão dos médios para o americano Chris Weidman, em Vegas. O Spider era apontado como franco favorito, mas perdeu o cinturão para um oponente nove anos mais novo. O ex-campeão provocou o rival, pediu para ser golpeado e acabou sendo nocauteado no segundo round. Alguns meses depois, José Aldo entrou no octógono para enfrentar o sul-coreano Chan Sung Jung. O brasileiro também era favorito, mas preocupou ao lesionar o tornozelo no primeiro round. Muitos já pensavam que o Brasil perderia outro título, mas Aldo conseguiu um excelente nocaute no quarto round e manteve o cinturão dos penas. Companheiro de equipe de José Aldo, Renan Barão manteve o cinturão interino dos galos ao nocautear Eddie Wineland com um belo chute rodado no segundo round – ele enfrentará o campeão Dominick Cruz, em fevereiro. E o Brasil ainda teve a chance de retomar outro cinturão, dos pesados, mas Junior Cigano foi facilmente dominado pelo americano Cain Velasquez e acabou sendo nocauteado no quinto round. Mas a temporada ainda não acabou para os brasileiros, e Anderson Silva promete salvar seu ano recuperando o título e vingando sua única derrota no UFC.

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Entre os estrangeiros, o primeiro a passar por apuros foi o americano Jon Jones. Considerado um dos campeões mais promissores do torneio, o atleta de 26 anos quase ficou sem o título dos meio-pesados na luta contra o sueco Alexander Gustafsson. Foi o primeiro desafio de Bones contra um adversário com uma envergadura equivalente à sua. O sueco conseguiu diminuir a distância e golpeou muito o rosto do americano. No fim de cinco rounds de muita trocação, os jurados deram a vitória para Jon Jones, mas a torcida e vários especialistas não concordaram com o resultado. Já no hospital, Jones agradeceu ao rival e disse que o desafio mostrou que ele ainda precisa melhorar muitos pontos do seu estilo de luta. Se Jon Jones reconheceu que precisava melhorar, outro campeão do UFC se mostrou cansado e anunciou o afastamento dos octógonos após uma vitória duvidosa. O canadense Georges St-Pierre também precisou dos jurados para vencer o americano Johny Hendricks. Até Dana White admitiu que Hendricks deveria ficar com o título. Já na entrevista coletiva após o confronto, St-Pierre anunciou que precisava de um tempo longe do octógono para refletir sobre sua vida. O presidente do UFC disse que ele estava de cabeça quente e o faria desistir daaquela decisão. Mas foi em vão. Aos 32 anos, Georges St-Pierre confirmou que ficará sem lutar para resolver seus problemas pessoais. Na contramão dos outros campeões, Demetrious Johnson provou que reina absoluto na categoria dos moscas. Ele nocauteou Joseph Bemavidez no primeiro round e já é apontado como um dos melhores lutadores de 2013.

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