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UFC 198: sucesso no estádio e ídolos nocauteados

Festa lotou a Arena da Baixada e mostra UFC ainda forte no país

“O UFC 198 representou para nós uma nova era para o MMA brasileiro.” A frase é de Giovani Decker, presidente do UFC no Brasil, após anunciar que a noite de lutas teve 45.207 presentes na Arena da Baixada, em Curitiba, na madrugada deste domingo. O primeiro evento do UFC em um estádio de futebol do país e o terceiro em número de público em todo o mundo foi um sucesso. Resta saber se esse momento do UFC no pais vai resistir à perda de cinturões e nocautes de grandes ídolos brasileiros, como Anderson Silva (41 anos), Vitor Belfort (39), José Aldo (29), Junior Cigano (32) e Fabrício Werdum (38). Pelo evento de Curitiba, a impressão é de que o UFC tem público certo no país.

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A festa no moderno estádio coberto do Atlético-PR só não foi completa por causa da derrota de Werdum, nocauteado pelo americano Stipe Miocic (33 anos), o novo campeão peso-pesado, na luta principal do evento. Todas as lutas foram emocionantes, inclusive as do card preliminar, e nomes como Rogério Minotouro (39 anos), Francisco Massaranduba (37), Maurício Shogun Rua (34), Cris Cyborg (30) e Ronaldo Jacaré (36) levantaram o público nas arquibancadas. A arena utilizada na Copa do Mundo de 2014 teve estrutura de um megaevento – e preços à altura, com ingressos de 139 a 2.000 reais.

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UFC 198: Minotouro e Demian fazem Arena da Baixada tremer

A euforia fez Decker fazer uma comparação. “O que aconteceu aqui será como o jogo entre Brasil e União Soviética no Maracanã, em 1983, que chamou a atenção de todos os brasileiros para o vôlei. Hoje, até quem não é fã de MMA assistiu ao evento, só se falou sobre isso nas redes sociais. A mudança será sentida a médio e longo prazo, dentro de cinco a dez anos. Esse evento deixará um grande legado.” No cargo desde 2014, Decker apostou em menos eventos anuais no país – 2013 e 2014 tiveram sete noitadas de lutas em cada ano, muitas com cards desinteressantes e em ginásios modestos. Decker disse que pretende realizar apenas mais dois eventos no Brasil em 2016.

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Nem o corte de um ídolo abalou o UFC 198. O ex-campeão Anderson Silva foi operado por causa de uma inflamação na vesícula biliar. Ele faria a terceira luta principal da noite diante do jamaicano Uriah Hall. O atleta precisará de cerca de um mês de recuperação, mas agora aparece como possível atração principal para o próximo evento do UFC no país – pode ser até contra Vitor Belfort.

Disputas de títulos – Com a perda de cinturão de Werdum, o Brasil passa a ter apenas um campeão, Rafael dos Anjos (31 anos), entre os pesos-leves. Quem pode brigar por cinturão ainda são Demian Maia, de 38 anos, na categoria dos meio-médios, e Ronaldo Jacaré, peso-médio. Ambos cobraram do presidente Dana White uma chance. “Com as lutas que ganhei, já mereço disputar esse cinturão, mas depende também da ajuda do público, por isso peço de novo a ajuda nas redes sociais. Não sou mais um garoto para ficar esperando. Perdi duas lutas duríssimas e quero essa chance, eu quero o cinturão”, disse Demian. “Não estou pedindo, mereço essa chance”, completou Jacaré.

O Brasil pode ainda recuperar títulos com José Aldo, que disputa o cinturão interino contra Frankie Edgar, no UFC 200, em 9 de julho, e possivelmente com o próprio Werdum. “Miocic foi melhor hoje, mas acho que sou melhor e mais completo que ele. Até hoje eu era campeão e acho que o justo seria uma revanche.” O gaúcho não falou sobre a possibilidade de enfrentar Júnior Cigano, que há tempos pede a luta, em duelo que seria bastante vendável no país. “Não sou eu quem decide isso.”

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A curitibana Cris Cyborg, supercampeã do Invicta FC, estreou no UFC e disse que espera novas chances em lutas com peso casado – o UFC ainda não tem uma categoria para seu peso, o pena (até 66 quilos ). “Nem acredito que estou aqui, é um sonho.”

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