Publicidade
Publicidade

UFC 167: GSP vence apertado, bate recordes e se afasta

Campeão manteve o título por decisão dividida, para desespero de Hendricks, que achou ter vencido. O canadense anunciou que não sabe se voltará a lutar

Eu tenho certeza que ganhei, o cinturão é meu. Ele só não está aqui. Mas eu vou buscá-lo. Voltarei ainda melhor para pegar o que é meu, o título”, disse Hendricks

O UFC 167 terminou com um dos maiores terremotos dos 20 anos do torneio. O canadense Georges St-Pierre conseguiu manter o cinturão dos meio-médios ao derrotar – de forma apertada e controversa – o americano Johny Hendricks, na madrugada deste domingo, na MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas. Depois de cinco rounds muito equilibrados, GSP foi apontado vencedor por decisão dividida dos jurados, sob protestos de Hendricks, que disse ter certeza de ter vencido o duelo. Dana White concorda: o chefão do UFC atacou pesadamente o resultado e os jurados da Comissão Atlética de Nevada. O americano acabou a luta praticamente ileso, sem nenhum grande machucado, enquanto o campeão estava com o rosto cheio de cortes e sangue e aparentava estar atordoado.

Publicidade

A vitória rendeu a ele, um dos maiores nomes da história do UFC, três novos recordes: o de maior número de vitórias, 19, superando Matt Hughes; o maior número de vitórias em lutas pelo cinturão, com doze, à frente de Anderson Silva; e o de maior tempo passado no octógono, quase 5 horas e meia, batendo uma marca que pertencia a BJ Penn. Mas não seria só por isso que a noite entraria para a história: ao ser entrevistado ainda no octógono, St-Pierre anunciou que passará algum tempo afastado dos octógonos, cogitando até mesmo jamais retornar às lutas. “Preciso de um tempo, tenho de resolver algumas questões pessoais. Agradeço ao UFC por tudo, mas agora preciso pensar um pouco no que fazer.” Outro motivo de irritação para Dana White, que teve de se conter para não xingar o canadense na entrevista coletiva pós-luta. “Você não faz uma luta dessas e sai falando uma coisa assim”, atacou.

Leia também:

UFC 167: Evans nocauteia falastrão (e amigo) Sonnen

Continua após a publicidade

UFC: os cinco desafios para os próximos vinte anos

As 20 zebras mais chocantes dos 20 anos do torneio

Os 20 lutadores que marcaram os 20 anos da franquia

As 20 melhores noitadas de lutas em 20 anos de UFC

No primeiro round, St-Pierre tentou se impor e controlar o combate, variando entre chutes, jabs e tentativas de imobilização. Hendricks tentava soltar seu golpe mais forte, os socos com a mão esquerda, mas o canadense media bem a distância e permanecia fora do raio de ação do americano. A história mudou no segundo assalto, quando Hendricks conseguiu encaixar seus golpes e fez St-Pierre balançar. O campeão conseguiu se recuperar e equilibrou a segunda metade do round. No terceiro assalto, a trocação continuou, sempre com muita cautela e boa técnica por parte de GSP. Hendricks, porém, conseguiu uma queda no fim do round e colocou pressão sobre o detentor do título. Outra queda no quarto assalto deixou o St-Pierre em situação delicada. O americano encerrou o round na ofensiva, enquanto o rosto do canadense sangrava bastante.

Publicidade

No quinto e decisivo assalto, St-Pierre apostou na luta agarrada para melhorar sua pontuação e tentar levar a melhor na opinião dos jurados. Mas Hendricks escapou das tentativas mais contundentes do campeão, mantendo o duelo equilibrado até os últimos segundos. A decisão foi mesmo para o júri, que acabou dando a vitória a Georges St-Pierre, de forma dividida – e muito polêmica, já que a maioria dos especialistas apontava o desafiante como o vencedor. Nas papeletas dos jurados, Hendricks perdeu por um ponto. O americano se desesperou e contestou o resultado, sob vaias do público que lotou a arena, que torceu para GSP. “É o que é. Eu tenho certeza que ganhei, o cinturão é meu. Ele só não está aqui. Mas eu vou buscá-lo. Voltarei ainda melhor para pegar o que é meu, o título.”

Continua após a publicidade

Publicidade