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Tevez dá razão a Tite, 13 anos depois: ‘Não bato bem pênaltis’

Treinador foi demitido do Corinthians em 2005 após discussão com Kia Joorabchian sobre penalidade não cobrada pelo craque argentino em clássico

Tite é um dos maiores técnicos da história do Corinthians, mas sua primeira passagem pelo clube, entre 2004 e 2005, terminou de forma traumática, após uma derrota por 1 a 0 para o São Paulo. Na ocasião, o hoje treinador da seleção brasileira discutiu com o presidente da investidora MSI, Kia Joorabchian, sobre o motivo de o astro Carlos Tevez não ter batido uma penalidade naquela partida no Morumbi. Para Tite, o argentino não era o melhor batedor. Nesta segunda-feira, quase 13 anos depois, Tevez admitiu, em entrevista à emissora TyC Sports. “Não me sinto cômodo, não sou um bom batedor de pênaltis”.

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A demissão de Tite aconteceu em 27 de fevereiro de 2005, pouco depois da derrota no clássico. O São Paulo marcou com Danilo, hoje no Corinthians, e o clube alvinegro teve a chance de empatar no último minuto, em cobrança de pênalti. Tevez, que havia acabado de chegar ao clube, contratado por 20 milhões de dólares pela empresa MSI, não foi para a bola. Quem assumiu a responsabilidade foi Coelho, hoje treinador do time sub-20 que disputa a Copa São Paulo, um jovem lateral revelado na base. Ele bateu no canto esquerdo de Rogério Ceni, que defendeu, para alegria dos tricolores no Morumbi.

Carlitos Tevez atuando pelo Corinthians no Brasileirão de 2005
Carlitos Tevez atuando pelo Corinthians no Brasileirão de 2005 Alexandre Battibugli/VEJA

No vestiário, chateado com a derrota, Tite foi surpreendido com a entrada, aos berros, de Kia Joorabchian, o empresário iraniano que era a cara da MSI naquele período. O treinador não entendeu o que Kia conversava, em inglês, com outros dirigentes, incluindo Andrés Sanchez, então vice-presidente. Mas entendeu que o empresário se referia ao pênalti não cobrado por Tevez e repreendeu o iraniano pela intromissão com gritos e gestos efusivos.

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Como repetiu diversas vezes, Tite considera o vestiário um lugar “sagrado” e não admite intromissões do tipo, especialmente de dirigentes. O desentendimento selou sua demissão da equipe que se sagraria campeã brasileira – com três técnicos diferentes (Daniel Passarella, Márcio Bittencourt e Antônio Lopes).

Os anos passaram e Tite sempre repetiu o mesmo discurso: Tevez era um excepcional jogador, mas tinha aproveitamento ruim em penalidades nos treinos, enquanto o jovem Coelho era seu melhor batedor. Por isso, o lateral foi o escolhido para cobrar a penalidade naquela tarde de domingo no Morumbi. Nesta terça, Tevez falou sobre o assunto em uma reveladora entrevista. E disse que o colombiano Cardona seguirá como batedor do Boca Juniors.

O atacante de 33 anos, inclusive, disse que Cardona lhe ofereceu a camisa 10, mas Tevez preferiu atuar com a 32, como fez durante sua passagem pelo futebol europeu, em seus últimos anos como profissional.

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O diário Olé separou dez das frases mais marcantes da entrevista de Tevez, que incluem uma autocrítica sobre sua passagem fracassada pelo Shangai Shenhua. “Passei sete meses de férias na China. Não estive à altura na China, as críticas foram justas. Em campo eu me perguntava: o que estou fazendo aqui?”

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