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#TBT: de Beckenbauer a Renato Gaúcho, os craques foliões

Curtir o Carnaval não é exclusividade de Neymar; grandes jogadores do passado também brilharam na avenida

A presença de Neymar nas últimas edições do Carnaval do Rio de Janeiro causou polêmica na Europa porque o craque acumulou lesões na época do feriado e perdeu compromissos pelo Paris Saint-Germain – em 2020, o atacante não participou da festa, mas também aprontou. O camisa 10 da seleção, porém, é apenas mais um dos admiradores da folia. Jogadores brasileiros e até destaques do futebol internacional já colocaram suas fantasias e desfilaram na Marquês de Sapucaí e em outros palcos pelo país. Algumas edições de PLACAR dos anos 1980 mostraram feras como Renato Gaúcho, Ademir de Menezes, o alemão Franz Beckenbauer e até o Rei Pelé, entre outros tantos, na avenida.

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A revista número 876, de 16/3/1987, abriu a cobertura do Carnaval daquele ano falando sobre a presença do Kaiser. Quando Beckenbauer chegou ao Rio, o boato seria de que ele teria vindo para assinar com o Botafogo. “Logo ao desembarcar no Galeão, Beckenbauer esclareceu que vinha apenas para curtir os desfiles das escolas de samba e o Baile Preto e Vermelho, do Flamengo”, explicou a reportagem. Se a esperança do botafoguense era que ele ficasse no clube, a realidade foi que o alemão desfilou com a camisa do rival Flamengo. O astro posou de rubro-negro ao lado de Carlos Alberto Torres.

Edição número 876 da Revista PLACAR, de 16/3/1987: Beckenbauer e Carlos Alberto Torres curtem o carnaval com as esposas. Junior e Éder também caem na folia Arquivo/Placar

Aquele Carnaval acabou sendo cansativo para outro jogador. O lateral Edevaldo, então no Internacional, passou por uma maratona para poder participar da festa na sua terra natal. Ele integrou os desfiles da Mangueira e da Acadêmicos do Salgueiro, passando 19 horas na avenida – considerando o tempo entre as duas apresentações. O encerramento da reportagem mostrou o resultado da curtição: “Na volta a Porto Alegre, não treinou na quarta-feira. Feliz da vida, repousou até passarem as dores musculares”.

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Quatro anos antes, a edição 666, de 25/2/1983, trouxe uma dupla do vôlei que também caiu na folia carioca. E de forma curiosa. O norte-americano Sinjin Smith, campeão mundial de vôlei de praia uma semana antes, aceitou o convite do também jogador e amigo Bernard para desfilar pela Estácio de Sá. O problema foi o tamanho do atleta. Com calçados número 43, a escola não tinha sandálias para Smith, que se viu obrigado a ir para a avenida com “um surrado par de tênis branco”.

Edição número 666 da Revista PLACAR, de 25/2/1983: Pelé e Zico passam o carnaval nos camarotes. Ademir de Menezes, Zé Carlos, Luisinho e os jogadores de vôlei Bernard e Sinjin Smith participam dos desfiles na Sapucaí Arquivo/Placar

No mesmo Carnaval de 1983, Zico preferiu não desfilar por se recuperar de grave lesão no joelho esquerdo, mas não deixou de ir para a festa na Sapucaí. Já no ano seguinte, foi a vez de um ponta-direito do Grêmio chamar a atenção. Na edição de número 720, de 9/3/1984, Renato Gaúcho, então com 21 anos, se juntou ao lateral-esquerdo Paulo César para uma “maratona” em Porto Alegre. “Ambos costumam rodar por vários clubes na mesma noite”, dizia o texto. A dupla se preparou para a festa e deixou a fantasia pronta mais de dez dias antes do feriado.

O evento ainda teve o então goleiro do Flamengo Zé Carlos no desfile da Estácio de Sá, a presença de Pelé nos camarotes e contou com um ídolo da década de 1950. Ademir de Menezes, o “Queixada”, já era sessentão quando foi para a avenida naquele ano. O artilheiro do Brasil na Copa do Mundo de 1950 com nove gols participou de dois desfiles. No domingo, se apresentou pela Império da Tijuca e menos de 24 horas depois estava novamente na Marquês de Sapucaí para sair com a União da Ilha do Governador, escola do coração do jogador.

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